sexta-feira, 4 de novembro de 2016

E ASSIM CAMINHAMOS...


por Carlos Delano Rebouças

As diversas máximas relacionadas às transformações que passa o mundo mais parecem que se renovam com a mesma velocidade dos discursos do homem - responsável maior pelos novos rumos dados ao planeta -, que sempre busca apresentar saídas pertinentes aos seus interesses para justificar atitudes nada edificantes ao mundo.

O que esperar do homem moderno, com pensamentos incontestavelmente na contramão da sensatez? Que explicação pode-se dar diante de atitudes tão imponderadas do homem na sua relação com o mundo e com ele mesmo?

Na verdade, são perguntas de difíceis respostas. Ora! É bem mais fácil atribuir culpa ao tempo; a outros protagonistas que dependem ou da fé, ou da crença humana; e quem sabe, a ordem natural, aliás, que se acredite seguir o mundo, temporalmente.

Nada acontece por acaso, ou seja, somos responsáveis por todas as transformações vista e vividas pelo homem. É assim que caminhamos, amigos - sempre em busca de algo que nos complete e que nos convença – tentando ser feliz, sem mesmo saber definir o que é essa tal felicidade, importando bem mais o “eu”, e bem menos, mesmo, o “nós”. É a certeza de que a estrada da ambição parece bastante acessível aos interesses egoístas do homem.

Reparem como estamos carentes de belas atitudes. E tão notória é essa situação, que quando presenciamos uma pessoa agindo em benefício de alguém ou de uma entidade ou sociedade, e sentimos se tratar de uma verdade, diante do pouco que nos resta de sensibilidade e sensatez, inevitavelmente nos emocionamos. Passamos a vê-lo como um ser ímpar, diferente, especial, do tipo em extinção na raça humana.

Também pode não demorar a surgir alguém que pense e nos convença se tratar de uma atitude pensada - do tipo que emociona os corações fragilizados de tanta dor e carentes de boas e espontâneas ações -, partida de pessoas que querem se promover, visando algo que os favorece em um determinado momento.

Como é difícil acreditar no homem, não é? Motivos para isso não nos faltam, é verdade, contudo, ficar em cima do muro, no sustentáculo da cautela, pode significar a perda de um tempo precioso, extremamente importante para a tomada de decisão que propicie mudanças satisfatórias a todos. Não podemos hesitar em acreditar, como também não nos precipitar em achar que está tudo maravilhoso e que o mundo é belo e o céu é de fato bem pertinho. Ou seja, sejamos prudentes, mas sabendo que precisamos agir, embora pareça, em alguns momentos, que nos esforços são improdutivos.


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