por Carlos Delano Rebouças
As diversas máximas relacionadas
às transformações que passa o mundo mais parecem que se renovam com a mesma
velocidade dos discursos do homem - responsável maior pelos novos rumos dados
ao planeta -, que sempre busca apresentar saídas pertinentes aos seus
interesses para justificar atitudes nada edificantes ao mundo.
O que esperar do homem moderno,
com pensamentos incontestavelmente na contramão da sensatez? Que explicação
pode-se dar diante de atitudes tão imponderadas do homem na sua relação com o
mundo e com ele mesmo?
Na verdade, são perguntas de
difíceis respostas. Ora! É bem mais fácil atribuir culpa ao tempo; a outros
protagonistas que dependem ou da fé, ou da crença humana; e quem sabe, a ordem
natural, aliás, que se acredite seguir o mundo, temporalmente.
Nada acontece por acaso, ou seja,
somos responsáveis por todas as transformações vista e vividas pelo homem. É
assim que caminhamos, amigos - sempre em busca de algo que nos complete e que nos
convença – tentando ser feliz, sem mesmo saber definir o que é essa tal felicidade,
importando bem mais o “eu”, e bem menos, mesmo, o “nós”. É a certeza de que a
estrada da ambição parece bastante acessível aos interesses egoístas do homem.
Reparem como estamos carentes de
belas atitudes. E tão notória é essa situação, que quando presenciamos uma
pessoa agindo em benefício de alguém ou de uma entidade ou sociedade, e
sentimos se tratar de uma verdade, diante do pouco que nos resta de
sensibilidade e sensatez, inevitavelmente nos emocionamos. Passamos a vê-lo
como um ser ímpar, diferente, especial, do tipo em extinção na raça humana.
Também pode não demorar a surgir
alguém que pense e nos convença se tratar de uma atitude pensada - do tipo que
emociona os corações fragilizados de tanta dor e carentes de boas e espontâneas
ações -, partida de pessoas que querem se promover, visando algo que os
favorece em um determinado momento.
Como é difícil acreditar no homem,
não é? Motivos para isso não nos faltam, é verdade, contudo, ficar em cima do
muro, no sustentáculo da cautela, pode significar a perda de um tempo precioso,
extremamente importante para a tomada de decisão que propicie mudanças
satisfatórias a todos. Não podemos hesitar em acreditar, como também não nos
precipitar em achar que está tudo maravilhoso e que o mundo é belo e o céu é de
fato bem pertinho. Ou seja, sejamos prudentes, mas sabendo que precisamos agir,
embora pareça, em alguns momentos, que nos esforços são improdutivos.
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