domingo, 28 de fevereiro de 2016

VIDA


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas 
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.
Augusto Branco

LINDA CANÇÃO DE VITAL FARIAS


VIDA DE CINEMA: CRÔNICA DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO

Os filmes que víamos antigamente não nos prepararam para a vida. Em alguns casos, continuam nos iludindo. Por exemplo: briga de socos. Entre as convenções do cinema que persistem até hoje está a de que socos na cara produzem um som que na vida real nunca se ouviu. O choque de punho contra rosto fazia estrago nos rostos — ou não fazia, era comum lutas em que os brigões quase se matavam a murros terminarem sem nenhuma marca nos rostos — mas poupava os punhos. E como sabe quem, mal informado pelo cinema, entrou numa briga a socos, o punho quando acerta o alvo sofre tanto quanto o alvo.
No cinema de antigamente você já sabia: quando alguém tossia, era porque iria morrer em pouco tempo. Tosse nunca significava apenas algo preso na garganta ou uma gripe passageira — era morte certa. Quando um casal se beijava apaixonadamente e em seguida desparecia da tela era sinal que tinham se deitado. E depois, não falhava: a mulher aparecia grávida. Nunca se ficava sabendo o que acontecia, exatamente, depois que o casal desaparecia da tela, a não ser que o filme fosse francês. Pode-se mesmo dizer que o começo da mudança do cinema americano começou na primeira vez em que a câmera acompanhou a descida do casal e mostrou o que eles faziam deitados. Depois desse momento revolucionário não demoraria até aparecerem o beijo de língua e o seio de fora. E chegarmos ao cinema americano de hoje, em que, de cada duas palavras ditas, uma é fucking.
Se a vida fosse como o cinema nos dizia, nunca faltaria bala nas nossas pistolas ou gelo no balde para o nosso uísque quando chegássemos em casa. E sempre que tivéssemos de sair às pressas de um restaurante, atiraríamos dinheiro em cima da mesa sem precisar contá-lo e sem esperar que o garçom trouxesse a nota. Seria uma vida mais simples, a cores ou em preto e branco, interrompida a intervalos por números musicais em que cantaríamos acompanhados por violinos invisíveis, e quando dançássemos com nossas namoradas, seria como se tivéssemos ensaiado durante semanas, e não erraríamos um passo, e seríamos felizes até the end.

É...


HUMANIDADE: À BEIRA DE UMA CATÁSTROFE ÉTICA E MORAL

Por Carlos Delano Rebouças

Se alguém afirmar que o que acontece no mundo é absolutamente diferente de tudo que aconteceu, em épocas passadas, fiquemos à vontade para contrariar tal colocação, por acreditar que o que pode diferir são comportamentos e atitudes, e não, teses.

A humanidade sempre se apresentou com os mesmos pensamentos, nas mais diferentes épocas, e nas mais diferentes culturas. A evolução ratificada é retratada nas mais diferentes atitudes, percebidas, e nas ações tomadas, que outrora não aconteciam, podem ser justificadas por hábitos e costumes que não mais existem, que se perderam com o tempo, e que hoje, confundem-se com liberdade, travestida em normalidade, que em nada representa naturalidade.

Infidelidade, deslealdade, homossexualidade, roubo, violência, incesto, e outras particularidades que permeiam o mundo de hoje, e que representam, para muitos, absurdos abomináveis, inaceitáveis, apesar de ter seus defensores, precisam ser melhores tratados. São vistos como comportamentos, escolhas e condições compreensíveis no mundo moderno, defendidos em cores e ritmos, nos mais diversos locais e canais, mas se o devido cuidado.

Não quero parecer preconceituoso, quanto mais, antiquado. Toda a defesa apresentada é compreensiva, diante da afirmação que sempre fizeram parte da sociedade. Reis e rainhas, imperadores, sultões e toda uma burguesia, das mais diferentes civilizações, antes e depois da era cristã, sempre tiveram suas festas regadas a muitas orgias. Quantos grandes nomes da história mundial foram homossexuais, quantas traições, quantos se comportaram de forma desleal nas suas conquistas, mas os ladrões, plebeus, eram punidos com mutilações ou morte?

 A sociedade passada até parecia ser hipócrita ou seria, na realidade. Porém, eram mais cautelosos na sua exposição. Essa cautela não acontecia somente por medo da opinião publica, não, ou seja, do que iam pensar e falar sobre suas atitudes. De fato, existia era o respeito pela entidade família, pelos pais, que os educou mesmo com todo o conservadorismo, mas que predominava o respeito.

Hoje não acontece mais isso. Os pais são expostos em rede nacional e ainda tem que engolir que isso é normal. Filho é preso e descaradamente manda abraço e beijo para mãe que o assiste na TV. Emissoras de TV fazem apologia a todo e qualquer tipo de desvio de conduta, a qual a sociedade desconhece ainda como normal, em busca, simplesmente, de audiência e sustentabilidade.

Falta bom senso, sobra incoerência. Somo livres para fazermos nossas escolhas, mas devemos ser responsáveis para com nossas ações, e muito menos, ingratos com aqueles que nos puseram no mundo. 

RODOLPHO THEOPHILO


REGÊNCIA VERBAL


Há alguns verbos que geram dúvidas quanto à sua regência. A regência desses verbos implica em mudança de sentidos nas frases. Estudar a regência verbal dos casos especiais de regência é importante para termos uma correta interpretação do que nos dizem ou do que lemos. Veja a explicação dos verbos mais usados na língua, mas que causam equívocos quanto à regência: 

• Agradar: transitivo direto ou indireto 
Objeto direto: fazer carinhos. Exemplo: Agrada a esposa todo aniversário. 

Objeto indireto: ser agradável: Exemplo: Seu discurso não agrada ao país. 

• Aspirar: transitivo direto ou indireto 
Objeto direto: inspirar o ar. Exemplo: Aspirei um aroma muito bom agora. 

Objeto indireto: desejar, ter ambição. Exemplo: Aspiro ao cargo de prefeito. 

• Assistir: transitivo direto, indireto ou intransitivo 
Objeto direto ou indireto. auxiliar, prestar ajuda. Exemplos: O médico assiste o paciente nesse horário./ O médico assiste ao paciente nesse horário. 

Objeto indireto: ver, presenciar. Exemplo: Assistimos à peça teatral. 

Objeto indireto: pertencer, caber. Exemplo: Esse plantão assiste ao novo porteiro. 

Intransitivo: morar, residir. Exemplo: A alegria e a humildade assistem em pessoas de princípios. 

• Chamar: transitivo direto ou indireto 
Objeto direto: mandar vir, solicitar a presença. Exemplo: A professora chamou os alunos. Quando regido da preposição por: Exemplo: Ela chamou por mim. 

Objeto indireto: chamar pelo nome, apelidar. Exemplos: Chamaram a menina de balão. Chamaram-na de balão. Chamaram a menina balão. Chamaram-na balão. Chamaram à menina de balão. Chamaram-lhe balão. Chamaram à menina balão. 

• Implicar: transitivo direto ou indireto 
Objeto Indireto: acarretar, provocar. Exemplo: A sua desobediência implicará em  consequências. 

Objeto direto: dar a entender, pressupor. Exemplo: Sua obediência implicará  bons resultados, como: experiência e maturidade. 

Objeto direto e indireto: comprometer, envolver. Exemplo: Implicaram o presidente da república com embasamento em seu discurso. 

Objeto indireto: antipatizar. Exemplo: Joana implicava com  sua colega de sala. 

• Precisar: transitivo direto e indireto 
Objeto direto: indicar com precisão. Exemplo: O policial precisou o lugar do crime.

Objeto indireto: necessitar seguido da preposição de: Exemplo: Joana precisa de sua ajuda. 

• Querer: transitivo direto ou indireto 
Objeto direto: desejar, permitir. Exemplo: Quero pedir-lhe desculpas. 

Objeto indireto com a preposição “a”: gostar, ter afeto. Exemplo: Quero muito bem aos meus familiares. 

• Reparar: transitivo direto ou transitivo indireto 
Objeto direto: consertar. Exemplo: Vou chamar o técnico para que repare nossa televisão. 

Objeto indireto seguido de preposição “em”: prestar atenção: Exemplo: Ele reparou na (em+a) cor do cabelo da menina. 

• Visar: transitivo direto ou indireto 
Objeto direto: mirar, apontar, pôr visto: Exemplo: O arqueiro visou o centro do seu alvo e acertou. 

Objeto indireto (complemento precedido de preposição “a”): ter em vista, ter por objetivo. Exemplo: As novas medidas na empresa visam ao bem-estar geral.

OVELHA NEGRA


MOVA-SE


CONSTRUINDO PONTES


Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.
 
O que começou com um pequeno mal-entendido, explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
 
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
 
– Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez você tenha algum serviço para mim.

Disse-lhe o fazendeiro:

– Sim, claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.
 
– Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. – Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
 
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
 
O homem ficou ali, trabalhando o dia inteiro.
 
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi construída ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido:
 
– Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei!
 
Mas, ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Mas permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou:
 
– Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.

De repente, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte.
 
O carpinteiro começou a fechar a sua caixa de ferramentas.
 
– Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você!
 
E o carpinteiro respondeu:
 
– Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...
 
<<<<<<<>>>>>>> 
 
Como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e construíssemos pontes com nossos maridos, esposas, pais, filhos, irmãos, familiares, amigos, colegas de trabalho e principalmente nossos inimigos...
 
Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de mágoas e mal-entendidos.
 
Deixemos isso de lado. Ninguém é perfeito. Mas alguém tem que dar o primeiro passo...
 
 
 
Autor: Desconhecido

DICA DE PORTUGUÊS


GREVE? TODOS FAZEM DESDE CEDO



Quando se ouve falar em greve, muita gente logo contorce a face, revoltando-se, indignando-se com os possíveis transtornos que poderá passar, mas não costuma olhar para o próprio umbigo e aceitar que também é uma prática sua, antiga, que faz parte dos costumes do povo e da humanidade.

Quando pequeninos, costumamo-nos interagir com parentes e amigos, nos primeiros contatos sociais estabelecidos. Começam a nascer a relações e seus conflitos.

Diante desses conflitos, surgem as mais diferentes reações, pacíficas ou não, mas que refletem em mudanças comportamentais. Tais mudanças são explicitadas muitas vezes pela quebra de vínculos entre pessoas, momentaneamente ou até em absoluto. Outras vezes, adotam-se posturas nada convencionais para o bem estar físico e mental, quando, por exemplo, estabelecem-se greves de fome e de sexo, dentro do seio familiar, entre relações, seja familiar, seja conjugal.

Inúmeras são as manifestações de repúdio a algumas coisas que se confirmam em greve, na concepção da palavra. Quando em uma escola um professor apresenta-se com atitudes questionadas pelos alunos, logo surge alguém dizendo para tomar uma atitude em grupo, quase sempre, com cara de greve, com o intuito de pressionar quem tem o poder de decisão, na resolução do problema.

Com este pensamento, nós, humanos, animais sociais, que enxergamos na socialização pela comunicação a arma mais eficaz para fortalecer os interesses, buscamos ao longo do tempo, desenvolver interesses comuns, e defendê-los, bem menos com sabedoria, e muito mais pela força e imposição, descaracterizando totalmente direitos individuais e coletivos, passando absolutamente por cima de tudo e de todos.

O homem, infelizmente, aprendeu a lutar pelos seus direitos com as armas que sempre acreditou ter poder, mas, esqueceu-se de desenvolver armas mais eficientes, municiadas pela inteligência peculiar no ser humano.

Argumentar da forma como foi feita, por este humilde educador, pode parecer hipocrisia ou até utopia, mas, na verdade, mais parece uma atitude serena de quem se expõe com um desejo imenso de mudanças positivas e salutares para a edificação humana.

O sonho de um mundo melhor sempre vai existir, mesmo que pareça utópico. Absolutamente, devemos lutar sempre pelos nossos direitos, mas que os direitos da humanidade sejam resguardados, diante da garantia do nosso dever de cidadão.


sábado, 27 de fevereiro de 2016

BÁRBARA DE ALENCAR

Bárbara Pereira de Alencar

(1760 - 1832)


Revolucionária brasileira nascida na fazenda Caiçara de propriedade de seu avô Leonel Alencar Rego, patriarca da família Alencar, antiga freguesia de Cabrobó e atualmente no município de Exu, interior do Estado de Pernambuco, que participou ativamente, já viúva, de movimentos militares como a Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824) e considerada localmente como a primeira prisioneira política da História do Brasil. A primeira, também conhecida como Revolução dos Padres, fomentada pela crise econômica regional, combatia o absolutismo monárquico português e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas. A segunda (1824), foi um movimento de caráter emancipacionista e republicano no Nordeste do Brasil em reação a política absolutista e centralizadora preconizada pela primeira Constituição do Império (1824). Filha de Joaquim Pereira de Alencar e de Teodora Rodrigues da Conceição, casou-se (1782) com o capitão e comerciante português, José Gonçalves do Santos ( ?-1805) e mudou-se para a fazenda Salamanca, próxima da então para a Vila do Crato, na região do Cariri do Ceará. Tornou-se mãe de quatro filhos, entre eles os também revolucionários Tristão Gonçalves de Alencar Araripe (1789-1824) e José Martiniano Pereira de Alencar (1794-1860), este pai do famoso jornalista, político, romancista e dramaturgo brasileiro, o escritor José Martiniano de Alencar (1829-1877), e de uma filha apenas conhecida como Joaquina Maria de São José. Durante a Revolução Pernambucana, esteve detida em uma das celas da Fortaleza de Nossa Senhora do Assunção, e assim passou a história como a primeira prisioneira política da História do Brasil (in: Passeio pela História do Ceará. Rio de Janeiro: O Globo, 30 de agosto de 2001. p. 20). A heroína do Crato morreu viúva, aos 72 anos, depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política, na Fazenda Alecrim, no hoje município piauiense de Fronteiras, mas foi sepultada foi sepultada no interior da pequena igreja de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Itaguá, a 10 quilômetros da sede de Campos Sales, Ceará. Postumamente, séculos depois, tem recebido as devidas homenagens por suas lutas. Foi lançada pelo Centro Cultural Bárbara de Alencar (11/02/2005) a Medalha Bárbara de Alencar, para premiar anualmente, três mulheres, sempre no dia 11 de fevereiro, por suas ações junto a sociedade. O centro administrativo do Governo do Ceará foi batizado de Centro Administrativo Bárbara de Alencar. Também foi erigida uma estátua da heroína na Praça da Medianeira na Avenida Heráclito Graça próxima ao Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza.

POR QUE ENTENDER OS POR QUÊS?


PENSAMENTOS

Pessoas


Pessoas são como músicas: Algumas, nós gostamos desde o início, outras gostamos depois de um tempo. São feitas para serem ouvidas e compreendidas. Algumas tocam a nossa vida, mas tem uma, aquela mais especial, que é a nossa trilha sonora.

Espere


Nunca se desespere antes, nunca comemore antes e nunca abandone seu posto antes do fim da batalha.

Tempo


Aproveite cada minuto, porque o tempo não volta. E o que volta, é a vontade de voltar no tempo.

Receba


Quando Deus tira algo de seu alcance, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor.

EM HOMENAGEM AO POETA GENTILEZA: MARISA MONTE


LINDA FÁBULA

O PASTOR E SUAS OVELHAS – Fábula de Esopo


Um pastor estava conduzindo o rebanho em direção à floresta, a fim de permitir que as ovelhas se alimentassem com os frutos de um carvalho. No coração da floresta, ele encontrou um grande carvalho carregado de nozes. Estendeu sua capa sob o carvalho e em seguida subiu no mesmo, de onde começou a jogar muitas nozes para o chão. Imediatamente, as ovelhas começaram a comer os frutos e tão grande foi o seu entusiasmo que elas também comeram a capa do pastor. Ao constatar o que elas haviam feito, ele ficou furioso e atacou o rebanho, com o seu cajado, gritando: Ó animais perversos! Vocês dão a lã dos seus lombos aos estranhos, para que eles se agasalhem contra o frio. Mas eu, que alimento e cuido de vocês,  por sua causa fiquei sem a minha capa.
Moral: Do mesmo modo também muitas pessoas se empenham com todo o esforço para presentear os que por elas nada fizeram, enquanto se comportam vergonhosamente contra aqueles que as trataram bondosamente

MARAVILHOSO!!!!


PARA TODA CONSEQUÊNCIA TEM QUASE SEMPRE UMA AÇÃO: COISAS DE BRASIL

Por Carlos Delano Rebouças

O brasileiro é conhecido como aquele que só fecha a casa quando é roubada. Este título, infelizmente, ninguém nos tira e nos supera. Somos mestres e doutores no assunto de buscar sempre encontrar uma solução de problemas quando estes se transformam em uma grande bola de neve, muitas vezes incontroláveis, de sérias consequências.

Nosso país apresenta inúmeras particularidades que ratificam esta imagem construída pelo seu povo, muito em decorrência de toda uma história de colonização portuguesa, não que isso seja a única culpada nesse processo de configuração de um povo, de cuja cultura sofreu tantas influências, e que ainda não consegue definir a sua identidade.

O cidadão brasileiro, por natureza, não demonstra atitude em planejar ações sob uma análise profunda da vida ou do mercado. Não consegue, obviamente, a sua maioria, desenvolver uma visão sistêmica e proativa que permita identificar as possíveis consequências que poderiam ou poderão surgir, diante de tantas transformações no mundo. Quase sempre se envolve, já estando no “olho do furacão” de uma imensa problemática, muitas vezes com um desequilíbrio emocional, que não permite, pela razão, encontrar soluções, e acaba tomando atitudes mal pensadas, mal construídas, que não levam ao sucesso.

Trocando em miúdos, para facilitar o entendimento, entende-se que essa brava gente brasileira não só fecha a casa depois de roubada, literalmente, como também, muitas vezes só busca um emprego, quando passa por necessidade ou busca estudar quando passa a sofrer as dificuldades de mercado. Quer dizer, sofre as consequências de um descaso absoluto, numa postura inconsequente, relapsa, acomoda, e centrada numa zona de conforto reprovável, muitas vezes imposta pela gestão pública, que costuma iludir com falsas promessas e políticas assistenciais, e que somente viciam o já viciado e passivo povo brasileiro.



DICA DE PORTUGUÊS


REFLEXIVA CANÇÃO


ÉTICA E MORAL E SUAS DIFERENÇAS

Isso é certo ou errado? Bom ou ruim? Devo ou não devo? Provavelmente você já deve ter feito alguma dessas perguntas na hora de tomar uma decisão ou fazer uma escolha. Essas perguntas permeiam a reflexão sobre dois termos: ética moral.
É muito comum esses termos serem confundidos como se significassem a mesma coisa. Embora estejam relacionados entre si, moral e ética são conceitos distintos.
A palavra “ética” vem do grego ethos. Em sua etimologia, ethos significa literalmente morada, habitat, refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. Mas para os filósofos, a palavra se refere a “caráter”, “índole”, “natureza”.
Sócrates coloca o autoconhecimento como a melhor forma de viver com sabedoria. E seguindo a máxima de Aristóteles em “Ética a Nicômaco” e em seu pensamento moral de forma geral, “somos o resultado de nossas escolhas”. Aristóteles acreditava que a ética caracteriza-se pela finalidade e pelo objetivo a ser atingido, isto é, que se possa viver bem, ter uma vida boa, com e para os outros, com instituições justas. Já Platão entende que a justiça é a principal virtude a ser seguida.
Neste sentido, a ética é um tipo de postura e se refere a um modo de ser, à natureza da ação humana, ou seja, como lidar diante das situações da vida e ao modo como convivemos e estabelecemos relações uns com os outros. É uma postura pessoal que pressupõe uma liberdade de escolha.
O que estamos fazendo uns com os outros? Quais são as nossas responsabilidades pessoais diante do outro? Uma postura ou conduta ética pode ser a realização de um tipo de comportamento mediado por princípios e valores morais.
A palavra “moral” deriva do latim mores, que significa “costume”. Aquilo que se consolidou ou se cristalizou como sendo verdadeiro do ponto de vista da ação. A moral é fruto do padrão cultural vigente e incorpora as regras eleitas como necessárias ao convívio entre os membros dessa sociedade. Regras estas determinadas pela própria sociedade.
Na época medieval, por exemplo, a moral era muito atrelada a crenças religiosas. A sociedade buscava na religião um meio para orientar o homem a agir de acordo com valores éticos. Após a Idade Moderna, o Estado passou a estimular regras e valores éticos, por meio de leis e o reconhecimento dos deveres de um sujeito em responder pelas consequências de seus atos.
E o que seria um comportamento moral ou imoral? Assim como a reflexão ética, uma conduta moral também é uma escolha a ser feita. As normas ou códigos morais são cumpridos a partir da convicção íntima da pessoa que se comporta. Uma pessoa moral age de acordo com os costumes e valores de uma determinada sociedade. Ou seja, quem segue as regras é uma pessoa moral; quem as desobedece, uma pessoa imoral.
Uma pessoa moral ou imoral não é necessariamente aquela que segue as leis ou regras jurídicas. Comportamentos como furar fila no banco, jogar lixo no chão, colar na prova, falar mal de um colega na frente do outro ou não dar espaço para os mais velhos no metrô não são considerados ilegais, mas podem ser atos imorais.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete e questiona sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, como ultrapassadas ou simplesmente erradas do ponto de vista pessoal.
Os filósofos antigos (gregos e romanos) consideravam a vida ética transcorrendo como um embate contínuo entre nossos apetites e desejos – as paixões – e nossa razão. Eles estabeleceram três aspectos principais para a ética: racionalismo (a vida virtuosa é agir em conformidade com a razão, que conhece o bem, o deseja e guia nossa vontade até ele); o naturalismo (a vida virtuosa é agir em conformidade com a Natureza - o cosmos - e com nossa natureza – ethos -, que é uma arte do todo natural); e a inseparabilidade entre ética e política, ou seja, entre a conduta do indivíduo e os valores da sociedade.
Um exemplo. Como lidar com uma pessoa que roubou um remédio para salvar uma vida? Seu comportamento é imoral, ela quebrou a regra de uma sociedade. Mas será que seria justificado eticamente?
A moral é constituída pelos valores previamente estabelecidos e comportamentos socialmente aceitos e passíveis de serem questionados pela ética, em busca de uma condição mais justa. É possível uma ação moral ou imoral sem qualquer reflexão ética, assim como é possível uma reflexão ética acompanhada de uma ação imoral ou amoral.  
Basicamente, quando se trata de moral, o que é certo e errado depende do lugar onde se está. A ética é o questionamento da moral, ela trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o homem deva ser justo. Porém, como ser justo? Ou como agir de forma a garantir o bem de todos? Não há resposta predefinida. Mas há sempre uma resposta a ser pensada.
Ninguém nasce com ética ou com moral. São construções culturais e simbólicas. As pessoas podem aprender ética na família, na escola, na rua, no trabalho. Esses conceitos são adquiridos ao longo da experiência humana, seja pela cultura, pelas regras jurídicas, pela educação ou por reflexões pessoais.
Quando uma empresa diz que possui um “código de ética”, na verdade o que se está presente no texto são códigos ou regras de moral que buscam criar uma cultura ética. A moral é convenção e a ética, reflexão.
O aprendizado da ética seria o aprendizado da convivência. Aprender a conviver juntos é um dos maiores desafios no século 21. A ética pode ser uma bússola para orientar o pensamento e responder a seguinte pergunta: qual sociedade eu ajudo a formar com a minha ação?

ARTIGO DE OPINIÃO


CARREIRA PROFISSIONAL: ESCOLHA OU OPÇÃO?

Professor Carlos Delano Rebouças Pinheiro

Muita gente no Brasil passa muito tempo no exercício de uma profissão e por muito tempo, acredita que foi a escolha certa. Porém, nem sempre representa a verdade. 

Quando pequenos, temos sempre na ponta da língua a resposta sobre o que queremos ser quando crescermos. Alguns querem ser policias, principalmente os homens; outros querem ser professores, pelo lado das mulheres, a maioria; mas sempre sob uma influência, que muitas vezes partem dos pais. Geralmente os filhos são levados pela escolha e orientação dos mais velhos ou responsáveis. 

Quando chegam numa fase de maior compreensão e já dentro do mercado de trabalho, desenvolvendo a sua carreira, mesmo acomodados, permanecem por muito tempo no exercício de um ofício e passam a creditar que dele, não saem mais. 

Dificuldades de mercado, não saber fazer outra coisa, não contrariar alguém especial ou medo, são justificativas mais comuns, porém, não convincentes. O profissional deve sim, compreender que a realização profissional está sempre centrada em fazer aquilo que gosta, e que nem sempre está relacionada ao retorno financeiro ou à satisfação de alguém. Deve deixar claro a sua vontade, a sua necessidade, e a certeza que deve desempenhar a profissão que lhe complete integralmente.

Nunca é tarde para repensar a sua carreira profissional e iniciar uma nova trajetória no mercado. Atitude sempre.

VIDA E OBRA DE JOSÉ DE ALENCAR


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

BARBOSA DE FREITAS

Barbosa de Freitas - Nosso poeta condoreiro

Quando o Prefeito Luíz Ayres de Alencar, construiu a praça Barbosa de Freitas, em 1934, sabia o que estava fazendo ao colocar naquele logradouro público o nome do maior jardinense de todos os tempos.
Barbosa de Freitas viveu apenas 23 anos, passando o maior tempo de sua vida bêbado nos bares de Fortaleza, mas apesar disto, foi considerado pela crítica especializada como o maior e o único poeta condoreiro do Ceará, merecendo estudos de autoridades como o Barão de Studart, Raimundo Girão, Modesto Cabral, entre outros.
Barbosa de Freitas trouxe consigo a marca dos gênios, com a precariedade, a excentricidade e a irresponsabilidade, fazendo versos desde os 16 anos, levando vida dissoluta em um anarquismo romântico que logo o levou à tuberculose.
Vejamos um pouco da vida deste notável vate cognominado de “O Castro Alves cearense”. Antônio Barbosa de Freitas nasceu em Jardim, no Sítio Lameirão, no dia 22 de janeiro de 1860. Era filho natural de Maria Barbosa com o rábula Antônio Nogueira de Carvalho.
Indesejado, foi logo cedo relegado ao desprezo, sendo criado pelos avós, já que o pai não assumiu a sua paternidade. Por esse motivo que depravou-se na bebida.
Foi praticamente adotado pelo juíz de Jardim, Dr. Américo Militão de Freitas Guimarães, que lhe deu até o nome da sua família, levando-o consigo quando transferido para Maranguape, matriculando-o no Seminário de Fortaleza, com 13 anos de idade. Deixando o seminário, Barbosa de Freitas trouxe de lá a única base intelectual que o acompanhou na sua meteórica vida de boemia e desregramento em tudo, demonstrando nos seus versos quão proveitosa foi sua curta permanência no Seminário de Fortaleza onde conheceu os clássicos.

“É sobre o dorso deste mar bravio
Que eu peregrino sem futuro e norte
Talvez me abrace a este anjo pálido
Fantasma ou sonho que se chama morte”

Discriminado desde o berço Barbosa de Freitas teve sua curta vida cercada de infortúnio e certamente malsinada pelo complexo da rejeição que procurou esquecer no alcoolismo, mas sua genialidade poética era tal que ainda hoje é objeto de estudos.
Viveu pouco, mas viveu intensamente, fechando os olhos para sempre em um dos leitos da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, por hemoptise tuberculosa no dia 24 de janeiro de 1883.
Apesar de sua efêmera vida, mereceu figurar no “Dicionário Bibliográfico Cearense”, do competente e reto Barão de Studart, afora apreciações do renomado crítico professor José Valdo Ribeiro Ramos e do escritor Antônio Sales que jamais se ocuparia de gente sem valor.
Parte dos versos de Barbosa de Freitas foi feito de improviso em lupanares ou mesas de bar, às vezes escritos em papel de embrulho, outras vezes copiados por colegas de bebedeira e o próprio Barão de Studart que o viu escrevendo os versos do livro “Dom Juan Cacique” tendo como mesa uma barrica de bacalhau em um armazém de Fortaleza.
Perduláripo, triste, infeliz, apesar de tudo, o grande vate jardinense foi biografado por Otacílo Colares em “Lembrados e Esquecidos” e por Angela Barros Leal em “ A História do Ceará passa por Esta Rua 2”, provando o seu valor e o lugar que ocupa na literatura cearense.

Berm diz Modesto Cabral: “Barbosa de Freitas foi a máxima representação da inteligência poética”. Ouçamo-lo para conferir:

“Amigas, engamos todos,
um bravo que voe ao cé!
Pois que nas aras da pátria
A caridade se ergueu.
Sim, que aos pobres desvalidos
Filhos dos homens caídos
Da erupção no furor
Rosas fecundas perdidas
São neste instante colhidas
pela mão de um protetor.


Mais um retalho de poesia de Barbosa de Freitas

Manda o destino que me aperte e cedo
destes primores que te dera Deus
É tarde, é tarde! Meus amigos parto
Adeus morenas azulados céus

Adeus ó fontes, meus floridos prados
Ai borboleta do meu Cariri
Ai minha mãe querida, a minha doce estrela
Modesta tenda, Jardim onde nasci.

SONETO DA SEPARAÇÃO


MATANDO A SAUDADE!!!!!!


REFLITA

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.


Paulo Coelho

DICA DE PORTUGUÊS


MUITO REFLEXIVO


O QUE É UMA FÁBULA?

Fábula é uma composição literária em que os personagens são geralmente animais, forças da natureza ou objetos, que apresentam características humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias são geralmente feitas para crianças e terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo.
fábula
A fábula é uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante, protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém geralmente uma parte narrativa e uma breve conclusão moralizadora, onde os animais se tornam exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral.
A fábula teve a sua origem no Oriente, onde existe uma vasta tradição, passando depois para a Grécia, onde foi cultivada por Hesíodo, Arquíloco e sobretudo Esopo. Neste período o gênero ainda pertencia à tradição oral. Foram os romanos, entre os quais sobressai Fedro, que inseriram a fábula na literatura escrita.
Cada animal simboliza algum aspeco ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho, é uma narrativa com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe o nome de apólogo.
Algumas das fábulas mais conhecidas são: a cigarra e a formiga, a raposa e as uvas, a lebre a a tartaruga e o leão e o ratinho.
Os mais famosos escritores de fábulas são Esopo, Fedro e La Fontaine. Este último, criou uma obra-prima intitulada "Fábulas", dividida em 12 livros, onde o autor usa linguagem ágil e expressiva para analisar com mestria a alma e a natureza do ser humano. Escritas em verso livre e publicadas entre 1668 e 1694, as Fábulas contêm uma crítica lúcida e satírica à sociedade do final do século XVII, mas podem ser aplicadas nos dias de hoje.
No Brasil o mais conhecido fabulista é Monteiro Lobato, autor das fábulas "a coruja e a águia", "o cavalo e o burro", "o corvo e o pavão", entre outras.
As fábulas são normalmente transmitidas por pais, professores, até políticos e figuras públicas, e estão em livros, peças de teatro, filmes, e em várias outras formas de comunicação.
Em sentido figurado, a palavra fábula pode significar mentira ou farsa.Ex: Não estamos mais namorando porque eu descobri que tudo o que ela me disse não passava de uma fábula.