Por Carlos Delano Rebouças
Dizem
que de pessoas bem intencionadas, o mundo está repleto, porém, no afã de
conquistar seus objetivos, muitas vezes trocam-se os pés pelas mãos, e se dizem
perdoados.
Perdoados
pelo que, amigos? É somente uma questão de interesse, e nada mais. Não devemos
nos portar tão compreensivos, ou mesmo, ingênuos, diante da retórica aplicada
nos seus discursos.
No
Brasil tudo se faz; têm-se graves consequências; e insistimos em nos manter
rindo das situações, como a única alternativa. Acabamos nos convencendo de que
quem nos convence, deve se postar assim, caso contrário, não estaria como todos
os outros. Seria diferente e sendo diferente, estaria como um peixe fora do
aquário. Sabe daquela história que somos todos “japoneses”?
Como
japoneses também somos tratados. Ou somos como um grande rebanho, marcados, a
ferro e fogo? Nosso título de eleitor e o nosso rótulo. Somos a massa que
espera boas intenções, sem ao menos sabermos de fatos quais são as nossas.
Tantos
discursos, inflamados, e contundentes, não são, amigos? Tem momentos que penso que o “Aurélio” é o seu
melhor amigo. Não! Desculpem-me, já estamos na era do Google.
O pé
das intenções levou um tiro certeiro, daqueles que fazem mudas os rumos da
vontade pública. A voz de quem anunciou defender, passou a se defender,
defendendo os interesses de uma minoria, como um forte escudo protetor, que
encobre erros, que podem não serem vistos facilmente, até que precisem
novamente dos “japoneses” de deveres e direitos de escolher, sem mesmo saber
como faz.
Mas o
pé das intenções, mesmo ferido, pode ser cicatrizado. Pode, quem sabe, saltar
como um Saci Pererê, que de salto em salto, segue em frente, avança, e pode chegar
a um nível que seja suficiente para enxergar facilmente as coisas. Pode até se
tornar um elemento multiplicador, de uma nova consciência, que venha a se
tornar não um tiro no pé, mas um tiro que saiu pela culatra.
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