Por Carlos Delano Rebouças
Muitos
se definem como seres que mais parecem uma máquina, de cuja engrenagem tem uma
inevitável dependência, e por ser muito complicada, diga-se de passagem, até
mesmo por envolver razão e emoção, interferindo diretamente nas nossas
atitudes, formatando-nos no mundo e para o mundo.
Às
vezes ficamos fora dos eixos, totalmente desestabilizados, derrapando nas
pistas mundanas. Será que estamos precisando de uma manutenção urgente? Será
que nossos “pneus”, que representam nossa base de sustentação, de aderência ao
solo da vida, estão desgastados tanto quanto nossos valores, e nossas crenças e
concepções?
Nem
sempre. O fato é que nem sempre sabemos o momento de parar e fazer a manutenção
de nossas vidas, sobretudo, sobre nossas atitudes, que muitas vezes são
reprováveis e questionadas. O mundo mais parece um conglomerado de homens que
mais parecem máquinas, as quais, a maioria delas, encontra-se em mau
funcionamento ou obsoletas, diante da evolução da vida, precisando urgentemente
de reparos, de uma manutenção, que permita um melhor funcionamento, para
melhores resultados.
Para
que a máquina humana possa melhorar o seu rendimento, o homem necessita bem
mais que uma manutenção corretiva de seus valores, precisa revitalizar-se,
diante de tantas transformações do mundo e no mundo. Não se trata somente de
uma troca de peças ou de uma lubrificação, que permita ficar mais liso, para
escapar das armadilhas da vida. Precisa também, de uma completa manutenção
preventiva, que inclua uma reflexão profunda sobre conduta, sobre suas
atitudes, que possa levar a aquisição de conhecimentos e, principalmente,
sabedoria, resultando numa maior estabilidade e rendimento de seu motor que
move as suas ações.
Mas
essa oficina da sabedoria carece de bons mecânicos. Reluta em encontrar
“profissionais” que possam colaborar com o propósito de melhorar a máquina
homem, mesmo que este, não entenda que precisa de ajuda. Remuneração para esses
profissionais da oficina da sabedoria é somente a satisfação de contribuir para
um mundo melhor, sem máquinas paradas ou obsoletas, mas que estejam em plena
produção, conscientes que precisam, sempre, de uma manutenção nas suas vidas.
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