Autor: Professor
Carlos Delano Rebouças
Todos os dias e pelos mais variados meios,
tomamos ciência dos mais diferentes rumos tomados pela juventude brasileira,
independente da qual seja a classe social que o jovem esteja inserido, porém,
não tão distintas quanto às suas consequências.
É verdade e não podemos negar que as classes
menos favorecidas - aquelas que se apresentam com mais dificuldades
socioeconômicas, vistas como menos propícias a uma melhor qualidade de vida e bem-estar
- representam a maioria nessa extensa gama de vítimas das mazelas sociais.
Porém, ultimamente esta realidade vem mudando, e jovens das classes mais
favorecidas, passaram a sofrer também com essas mazelas, comuns na nossa
sociedade, sendo vitimados e, em muitos casos, sem encontrar ou se apresentar
motivos para isso, numa absoluta cegueira de responsabilidades.
Nos momentos mais difíceis, de uma intensa
carnificina de nossa juventude, muitas vezes levada pela ambição, pela droga, e
por um descontrole gerado, decorrente, pais e responsáveis tentam justificar,
ou seja, encontrar respostas, nem sempre para suas atitudes, às vezes, omissas,
mas que na prática, representa uma fuga, sem falar que também atribui uma culpa
exclusiva à gestão pública, como se ela fosse a única responsável, e há quem
diga que sim, sobre os rumos tomados pela sociedade.
Somos, todos, responsáveis e corresponsáveis
sobre os rumos dados aos nossos dependentes, como também, a juventude como um
todo. Governo, pais, escolas, igreja, iniciativa privada e a sociedade em geral
precisam entender e compreender a sua participação no processo de educação e
formação da juventude brasileira.
No Brasil, chegou-se a um momento de que não mais
precisa encontrar culpados pelos erros e fracassos. Precisa-se, sim, que sejam
assumidos, a fim de se tomar o caminho certo das mudanças. Precisa-se, também,
aliás, necessita-se, urgentemente, de um investimento muito grande do governo
no setor da educação, para que a sua sociedade esteja sempre preparada a participar
intensamente na educação e formação do jovem brasileiro, como uma digna e justa
demonstração de responsabilidade, sem limites estabelecidos, que venha a encher-lhes
de orgulho sobre os resultados obtidos.
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