Por
Carlos Delano Rebouças
Elaborar um belo currículo, seguindo as normas
vigentes, atuais, pode parecer um grande primeiro passo para se obter êxito num
processo seletivo para uma oportunidade de trabalho. Sem dúvidas que pode
parecer, mas na prática, nem sempre é sinônimo exclusivo de sucesso.
As ferramentas do Office e a Internet ajudam
demais a formatar um currículo perfeito, porém, somente a sua estrutura e
adequação. Em muitos casos, encontramos modelos prontos, aos montes, na
Internet, cabendo ao postulante a vaga, somente preenche-lo com seus dados.
Entretanto, o problema reside aí, ou seja, uma
coisa é utilizar um modelo preconcebido, outra coisa, é possuir informações
necessárias e verdadeiras para expor no seu “cartão de visitas”, o qual,
transforma-se o currículo para qualquer pessoa. De nada adianta um modelo
moderno e bem elaborado de documento, se não tiver informações interessantes
para quem irá avaliá-lo, que medirá, precisamente, o seu nível de
empregabilidade, sobre o perfil desejado.
Nem sempre as dificuldades se encerram na
elaboração do currículo. Até pode reunir todas as suas informações, aptidões,
habilidades, conhecimentos e experiências, mas que precisam ser confirmadas
numa outra etapa do processo, que se dá com a apresentação de documentos,
entrevistas e confirmação de informações. É muitas vezes nessa etapa que o
candidato entende que sua oportunidade parece se perder no caminho.
Acontece de o currículo ser entregue amassado,
sujo ou mal acondicionado, seguido da falta de comprovação, que hoje representa
crime, e quando tem essa etapa superada, vem a entrevista, onde a reduzida
capacidade de comunicação do candidato permite que tenha as informações
contidas no documento, questionadas, e até mesmo, passa a ser visto como
indiferente ao perfil desejado. E ainda, sendo mais otimista em aceitar vencida
essa etapa, que com esse perfil apresentado, já seria difícil acreditar no
sucesso, sem uma comunicação oral e escrita adequadas, nas etapas subsequentes,
e até após uma contração, encontraria imensas dificuldades de se estabelecer.
Na realidade, o profissional brasileiro
precisa entender que um currículo não fala por si só, e nem é o “senhor” de uma
verdade absoluta. Que precisa de uma voz que confirme, também nas entrelinhas,
que seu cartão de visitas tem autenticidade.
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