quinta-feira, 28 de maio de 2015

MINHA VOZ E MINHA ESCRITA: MEU CARTÃO DE VISITA


Por Carlos Delano Rebouças

Elaborar um belo currículo, seguindo as normas vigentes, atuais, pode parecer um grande primeiro passo para se obter êxito num processo seletivo para uma oportunidade de trabalho. Sem dúvidas que pode parecer, mas na prática, nem sempre é sinônimo exclusivo de sucesso.

As ferramentas do Office e a Internet ajudam demais a formatar um currículo perfeito, porém, somente a sua estrutura e adequação. Em muitos casos, encontramos modelos prontos, aos montes, na Internet, cabendo ao postulante a vaga, somente preenche-lo com seus dados.

Entretanto, o problema reside aí, ou seja, uma coisa é utilizar um modelo preconcebido, outra coisa, é possuir informações necessárias e verdadeiras para expor no seu “cartão de visitas”, o qual, transforma-se o currículo para qualquer pessoa. De nada adianta um modelo moderno e bem elaborado de documento, se não tiver informações interessantes para quem irá avaliá-lo, que medirá, precisamente, o seu nível de empregabilidade, sobre o perfil desejado.

Nem sempre as dificuldades se encerram na elaboração do currículo. Até pode reunir todas as suas informações, aptidões, habilidades, conhecimentos e experiências, mas que precisam ser confirmadas numa outra etapa do processo, que se dá com a apresentação de documentos, entrevistas e confirmação de informações. É muitas vezes nessa etapa que o candidato entende que sua oportunidade parece se perder no caminho.

Acontece de o currículo ser entregue amassado, sujo ou mal acondicionado, seguido da falta de comprovação, que hoje representa crime, e quando tem essa etapa superada, vem a entrevista, onde a reduzida capacidade de comunicação do candidato permite que tenha as informações contidas no documento, questionadas, e até mesmo, passa a ser visto como indiferente ao perfil desejado. E ainda, sendo mais otimista em aceitar vencida essa etapa, que com esse perfil apresentado, já seria difícil acreditar no sucesso, sem uma comunicação oral e escrita adequadas, nas etapas subsequentes, e até após uma contração, encontraria imensas dificuldades de se estabelecer.

Na realidade, o profissional brasileiro precisa entender que um currículo não fala por si só, e nem é o “senhor” de uma verdade absoluta. Que precisa de uma voz que confirme, também nas entrelinhas, que seu cartão de visitas tem autenticidade.

  

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