Era uma vez… Um jornal líder de mercado de uma grande cidade.
Por volta das dezessete horas, o jornal do dia seguinte estava sendo impresso a todo vapor, quando a máquina principal parou.
Imediatamente, foi chamada a equipe de manutenção. Mexeram, mexeram, e nada de conseguirem fazer a máquina funcionar. Já eram quase vinte horas, e o diretor, irritado, mandou chamar um engenheiro para resolver o problema, já que aqueles técnicos estavam trabalhando há três horas sem sucesso. O engenheiro chegou, mexeu, mexeu e remexeu, e nada da máquina funcionar. Desesperado, o diretor mandou chamar o engenheiro construtor da máquina, pois já era quase meia-noite e ela continuava parada. O mestre chegou, observou, observou, andou em volta da máquina, fez várias perguntas para os técnicos e para o engenheiro acerca do que haviam feito para solucionar o problema e, após alguns minutos, perguntou:
– Por favor, vocês têm aí uma chave de fenda?
– Aqui está, falou um dos técnicos, já entregando a ferramenta ao mestre.
O mestre, de forma profissional e sábia, foi até um dos parafusos da caixa central de comandos, deu nada mais que duas voltas apertando-o. Foi tiro e queda, a máquina entrou em funcionamento com sucesso como num passe de mágica. Foi uma alegria geral. O diretor, então, chamou o mestre para a sua sala a fim de efetuar o pagamento pelo serviço prestado:
– Quanto é o seu serviço?
– Dez mil reais, disse o mestre prontamente.
– O quê? Dez mil reais, para apertar um parafuso?
Isto é um absurdo!… Você ficou louco?
– Não, doutor, para apertar o parafuso eu cobrei um real. Os outros nove mil novecentos e noventa e nove reais são pelos trinta anos de estudos e experiências que eu gastei para saber qual parafuso apertar.
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