Por
Carlos Delano Rebouças
Parei por um instante,
e saibam que não sei tocar instrumento musical algum, para refletir sobre a
relação do violão e a lua.
O que seria da lua se
não existisse o violão, hein? O que seria dos românticos, apaixonados, se o
instrumento de cordas não pudesse contar com o astro mais importante do seu
céu, até mesmo, quando as estrelas insistem em não aparecer no céu das noites,
como coadjuvantes desse espetáculo?
Certamente que seria
uma tristeza sem tamanho. A serenata não teria o brilho que tanto reluz, e
vejam que hoje em dia se faz cada vez menos serenatas.
As demonstrações de amor passaram a ser feitas
pelas redes sociais, com poucos versos, ou sem versos, palavras e intenções...
Hoje, parece que tudo já está definido, acertado, e que o violão e a lua, esse
lindo e antiquado casal, sequer consegue mais ser testemunha do amor.
Mas a lua dos
apaixonados ainda inspira muitas canções. Muitos grandes nomes da música
popular relutam em manter viva essa relação, para a felicidade do astro e para
alegria dos amantes do violão. Confirma-se, com o vibrar de suas cordas, que
redunda no som da felicidade, do amor, que inspira pessoas e paixões, a
resistência de fortalecer cada vez mais e em perfeita harmonia, essa comunhão.
Que essa relação de
amor, de cumplicidade, entre o violão e a lua, perdure por toda a eternidade.
Que continue a servir de inspiração para músicos e apaixonados, e que, mesmo
escondida pelas nuvens, que a lua assegure a sua existência, para que jamais
falte um violão a tocar.