Por Carlos Delano Rebouças
Sem querer parecer um defensor partidário ou de um determinado político ou administração pública, mas diferentemente de toda a sua história midiática, apresentando-se atualmente com muito mais intensidade, a Rede Globo verdadeiramente assumiu o seu papel de perseguidora do Partido dos Trabalhadores e da presidente Dilma Rousself.
No início da década de 90, quando o metalúrgico pernambucano apareceu para o cenário político brasileiro, depois de ter sido um deputado constituinte em 1988, a emissora tratou de tachá-lo como um nordestino analfabeto, sindicalista, que gosta de fazer greve, baderneiro, que iria implantar no país uma desordem generalizada. Lula passou a ser o perseguido pela emissora carioca, que defende as oligarquias, a aristocracia, manipulando desejos, escolhas e opiniões.
Luís Inácio Lula da Silva conseguiu vencer a primeira batalha travada contra os interesses da emissora. Elegeu-se presidente e mostrou que um metalúrgico poderia administrar o país, mesmo contra a sua vontade.
Dilma enfrenta o mesmo problema. Desde que tornou-se presidente, não tem alívio nem trégua da emissora da família Marinho. Trata-se de um bombardeio contínuo, que começa bem antes das eleições, segue durante a campanha e continua durante seu mandato. A emissora manipuladora desenvolve em toda a sua grade as mais diferentes formas de persuadir a sociedade, levando-a a formar a sua opinião em relação ao partido e à presidente.
Isso já é visto em jornais, escrito e televisivos, rádios, Internet, em programas de entretenimentos, e, até, em novelas, isso mesmo, novelas. Outro dia vi um personagem na sua fala criticar o governo ou situações, ironicamente, que para muitos, passa despercebido.
Mas para mim, não. Está muito longe dessa emissora que se diz grande e popular enganar-me com sua vocação tendenciosa. Precisa aprender a definição de imparcialidade. Precisa aprender a não manipular e praticar uma política de liberdade de expressão e de respeito às opiniões.
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