EFEITOS DA LEI DO
DESARMAMENTO NO BRASIL
Por Calos Delano Rebouças
Há
fechados 12 anos e 01 mês, a Lei federal 10.826 é aplicada no Brasil, a fim de
desarmar pessoas que não possuem porte de armas de fogo, com o intuito de
diminuir o número de homicídios, crescente em todo o território nacional.
Sem
querer esmiuçar muito a legislação, até mesmo porque não vem ao caso nesta
reflexão, mas sem deixar de frisar que para quem desrespeita a lei, deixando de
cumpri-la em toda a sua extensão, pode ser punido entre 01 e 03 anos de
reclusão, mesmo que na prática não esteja sendo assim.
Nunca
no Brasil se matou tanto com armas de fogo. Cidades como Fortaleza e Maceió
aparecem no topo de listas das mais violentas não só do Brasil, como também, do
mundo. A bandidagem não mais tem critérios para agir, atirando para todos os
lados, matando desafetos, agentes da lei e inocentes, sendo estes, alvos mais
comuns das “balas perdidas” e da violência praticada no país.
Daí
surge a pergunta: De que está adiantando esta lei, se parece que estão matando muito
mais do que antes de sua existência?
Há
quem defenda a tese que somente o cidadão, aquele que buscava possuir uma arma
para a sua defesa, de sua família e de seu patrimônio se rendeu a lei, temendo
a punição, ao contrário do bandido, que a ignora, mostrando a sua ineficiência
matando mais, mais e mais.
Diariamente
vemos nos telejornais e nos inúmeros programas policiais que tomam conta da
grade de programação aberta da televisão brasileira, até mesmo porque não falta
assunto, que a polícia faz a sua parte, prendendo bandidos, apreendendo armas,
confrontando-se com o crime, em busca da paz na sociedade.
Mas,
diante dessa certeza, surge outra pergunta: Para onde vão essas armas
apreendidas e porque os criminosos não pagam pelos seus crimes, se logo os
vemos no seio da sociedade, matando, tirando vidas, propagando a real
carnificina de nossa sociedade?
Respostas
são poucas, muito menos convincentes. A verdade é que as coisas pioraram depois
da criação da Lei do Desarmamento. Até parece que armas nascem em galhos e
troncos de arvores e bandidos que nem capim. Estamos cansados de desculpas. Não
podemos mais ser enganados. Precisa-se urgentemente de investimentos na
segurança e na sociedade.
A
sociedade necessita resgatar velhos hábitos, daqueles quando podíamos possuir
um bem, sentar-se na sua calçada, caminhar pelas ruas e praças, sem ser
abortado por um bandido com uma arma em punho ou uma bala que dizem ser
perdida, mas que encontra um inocente, tirando sua vida.
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