Carlos
Delano Rebouças
Hoje,
reparando no meu Facebook, percebi que vários de tantos amigos desta rede
social não mais compõem a minha pequena lista, como também, tantos outros não
estão sendo vistos com suas postagens, comentários e curtidas. Por que será?
Por que essa percepção se dá tão acintosamente nos últimos tempos?
Não
tenho dúvidas que se trata de reflexo dos diversos desdobramentos políticos nos
últimos anos, e que significam, de fato, uma consequência direta e real de uma
falta de compreensão sobre o verdadeiro significado da palavra democracia.
Sei
que muitos se demonstraram irredutíveis na aceitação do ponto de vista de
tantos, colocados nas redes sociais. Vi ataques, ofensas e exageros. Incluo-me
perfeitamente nesse grupo. Como me excedi, amigos! Porém, sempre privando pelo
cuidado quanto a uma ofensa direta, pessoal, que poderia ir de encontro com a
moral e o respeito. Mesmo assim, confesso que me excedi e ficam aqui as minhas
sinceras desculpas.
Entretanto,
em nenhum momento levei para o lado pessoal, de pensar em extinguir a amizade,
mesmo que seja “facebookiana”. Muitos ou já são amigos bem antes da rede social,
outros, feitos nos mais diferentes setores da vida, que permitem uma avaliação
mais profunda sobre o caráter, suficiente para permitir discernir atitudes e
prevalecer a compreensão.
Como
a humanidade é insipiente nas suas atitudes. Deixamo-nos levar pelas emoções,
pelas opiniões, para formar novas opiniões sobre pessoas, e que outrora,
tínhamos absoluta certeza de seu caráter e chamávamos, de boca cheia, de
amigos.
As
eleições passaram, passam e sempre vão passar. As palavras existem, são
aglutinadas, formam frases e períodos dentro de um contexto, e depois de ditas,
não voltam mais. Saem como flechas e podem causar efeitos de um torpedo,
ferindo o ego de alguém.
O perdão existe para ser aplicado. A
compreensão existe para ser usada. Reflita.
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