Será que sou um sonhador, por esperar muito mais das instituições e de seus agentes, quando tudo não passa de estratégias de marketing, para elevar um nome que se enfraquece a cada dia?
Acredito que em parte me postei como um sonhador, muito mais por acreditar que educação se fazia por esforços para uma mudança de atitude, de comportamentos, sem nunca abandonar, muito pelo contrário, o repasse e a troca de conhecimentos específicos de minha disciplina de estudo. Por muito tempo acreditei que seria um instrumento de mudanças daqueles que tem por responsabilidade educar e transformar, ou quem sabe, participar do processo, mas que mais parecem querer somente moldar para um mundo, que visa somente resultados, aproveitando-se, por consequências, daqueles que trazem na bagagem o fracasso conforme a sua visão.
Várias escolas disputam espaços em outdoors, jornais, revistas, TV e mídias em geral dizendo-se que aprovam e aprovaram seus alunos nos mais diversos cursos universitários, em quantitativos duvidosos e muito incoerentes, que nada mais ratifica que a real preocupação da escola brasileira é montar um robô para dar resultados num mercado, cuja recompensa é o retorno financeiro.
Vários são os slogans utilizados por grandes escolas, que são pequeninas, diante de um pensamento que insiste em se manter. Na verdade, existe uma disputa grande no mercado, cujo maior prejudicado é o estudante, usado como “garoto propaganda” de quem não se preocupa com a sua verdadeira formação.
Aí, eu deixo as perguntas: O que é uma escola completa? Ela oferece de fato tudo que é importante para uma boa formação? Qual a sua concepção de “completo” para a educação?
Infelizmente, amigos, não querendo parecer que esteja entregando os pontos, mas a indústria da educação, na sua produção em massa com atenção ao mercado em busca de resultados, está cada vez maior, e hei daquele que tentar contrariar os interesses capitalistas, sob a batuta do clientelismo, mesmo sendo um educador, que sem demora terá suas intenções ceifadas, impiedosamente.