De acordo com Balhmann, a proposta da manifestação é fazer com que os processos e decisões sejam tomados com mais rapidez. "É uma aclamação da sociedade, já que hoje a refinaria depende de um parecer da Funai. Nós consideramos a refinaria um projeto irreversível. Muito especialmente porque essa macrolocalização é estratégica para o País", afirma.
Prejuízos
O deputado ressalta ainda os prejuízos com o adiamento da refinaria. "Quanto mais você protela um investimento dessa ordem, é mais tempo perdido para que gere empregos e renda", diz.
Para Forte, o evento é um espaço em que a sociedade precisa se manifestar. "Esse é um momento crítico. É a implantação do mais importante equipamento do ponto de vista industrial. É um projeto que o Ceará já vem discutindo e se preparando há mais de 30 anos e se mobilizando tecnicamente. É um equipamento que, por si só, tem condição de triplicar toda a riqueza gerada no Ceará", completou ele, destacando a geração de 90 mil empregos com a refinaria.
Reajuste pode dar ânimo às ações
São Paulo Punidas pelo mercado ao longo do ano, as ações da Petrobras podem ter agora chance de recuperação após o anúncio, na última sexta-feira, de reajuste de 7,83% da gasolina a partir de hoje nas refinarias, segundo analistas.
Na semana passada, só os rumores de que a Petrobras deveria reajustar os combustíveis levaram a uma recuperação de 5,4% nas ações PN (preferenciais, sem voto) e de 5,3% nas ON (ordinárias, com voto). No mesmo período, o Ibovespa teve baixa de 1,2%. A dúvida é se as ações da estatal já subiram o suficiente e ainda terão condições de avançar devido ao reajuste.
Para Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o reajuste comunicado ainda não resolve o problema de caixa da estatal. Pires acredita que o preço da gasolina nas refinarias deveria subir mais e que as ações da estatal podem recuar a partir de hoje. Em 12 meses, os papéis PN da Petrobras têm desvalorização de 12,3% - acima do recuo de 9,4% do Ibovespa no período. Após intensas negociações com o governo, a Petrobras conseguiu o aval da presidente Dilma Rousseff para reajustar o preço dos combustíveis.
Sem alta ao consumidor
Para evitar que a alta chegue ao consumidor, o governo preferiu zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), um tributo que incide sobre os combustíveis, compensando o aumento da gasolina. É a 1ª vez que o governo zera a Cide. O tributo tinha valor fixo de R$ 0,091 por litro da gasolina. Para que não houvesse repasse ao consumidor, a Cide teria que ser zerada caso a gasolina subisse até cerca de 8%, e o diesel, até 4%. Além da gasolina, o óleo diesel também vai subir 3,94% nas refinarias. Para o assessor do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Ceará (Sindipostos), Antônio José, "pelas declarações do governo, não terá aumento".
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