domingo, 17 de junho de 2012

POEMA DE LUCIANO MAIA - CEARENSE DE LIMOEIRO DO NORTE

Acqua et umbra 


Sob as águas recém-detidas 
à sombra da oiticica 
a pequena rã coaxa 
e vislumbra entre os fios 
da água caída da estação celeste 
um canto orquestrado de tempo 
e trovão. 

A lua de março 
se entrevê no espelho singelo das poças 
e neste instante as lonjuras 
das águas primevas se inauguram 
na memória primitiva 
desta província anterior. 

 

2 comentários:

  1. Luciano Maia é um clássico moderno. Domina a forma e conhece todos os meandros da língua. Aliás, de várias línguas. Orgulho-me de ser cearense conterrâneo de Luciano Maia e outros poetas do seu nível, como Francisco Carvalho e Gerardo Mello Mourão.

    ResponderExcluir
  2. Agradeço ao Professor Delano e a este cearense que postou o seu comentário.
    Creio que podemos avançar ainda mais.
    Obrigado.
    Luciano Maia

    ResponderExcluir