terça-feira, 1 de maio de 2012

PRIMEIRO DE MAIO


Primeiro de Maio

Hoje é Primeiro de Maio,
E não há mais alegria
só em apertar-lhe a mão,
abraçar e unir minhas mãos
as dos milhões que movemos o mundo,
porque sem elas não existirão
nem patrão, nem burguês, nem exploração.

Todos os dias me pergunto,
E hoje ainda mais:

Quem levanta as torres?
Eles não, nós operários sim,
Quem movimenta as máquinas?
Eles não, nós os sem-sindicatos sim,
Quem constrói as pontes, os arranha-céus?
Eles não, nós os pedreiros, armadores, carpinteiros sim,
Quem se enfia nas entranhas da terra?
Eles não, nós os mineiros sim,
Quem abre as escolas?
Eles não, nós os professores sim,
Quem se mete no fundo dos mares?
Eles não, nós os pescadores e marinheiros sim,
Quem carrega estes gigantescos barcos?
Eles não, nós os estivadores sim,
Quem atende nos hospitais?
Eles não, nós os enfermeiros sim,
Quem faz o biscoito, o pão?
Eles não, nós as doceiras, os padeiros sim,
Quem fornece água para seu lar?
Eles não, nós os operadores, sim,
Quem transporta a gente?
Eles não, nós os motoristas, sim,
Quem trabalha e faz produzir a terra?
Eles não, nós os camponeses, sim,
Quem corta e colhe a cana?
Eles não, nós os cortadores, sim,
Por acaso cuidam da luz?
Eles não, nós os eletricistas sim,
Quem administra os bancos?
Eles não, nós os bancários, sim,
Quem defende as fronteiras?
Eles não, nós os soldados sim,

Eles são donos das torres, das máquinas,
Das pontes, dos arranha-céus, das minas, dos barcos,
das escolas, do ouro, dos hospitais, das terras,
das fábricas, dos instrumentos, engenhos, e bancos,
eles têm tudo, da terra até o roubado.

E nós?
Nada! Nada mais do que as correntes
Dos donos, dos ricos, dos ladrões,
os do capital, do engano e da vergonha.

Mas irmão, companheiro, camarada,
Tua mão, minha mão, nossas mãos,
sofridas, suadas, rachadas, feridas, erguidas,
estas mãos que levantam, que rompem, que constroem,
estas mãos que produzem, que fazem e desfazem,
que atendem, que amam e lutam,
estas mãos que movem montanhas,
os campos e todos os poderes.
Estas mãos,
unidas pelo sangue e pela dor,
unidas na razão e na decisão,
unidas de verdade no aço da caldeira,

já sabe meu irmão,
este poder está em você, em mim, em nós,
em todos os explorados e humilhados,
os marginais e condenados,
este poder está em nossas mãos.

Decretamos, pelas 124 vezes neste dia :

Organização,
Disciplina,
Decisão,
ponha tua mão, tire tua mão,
desligue a máquina, pare o torno, deixe o martelo,
largue a pá, a picareta, pare o guindaste, o trator, o ônibus,
o motor, a colheita, o tecido, o lixo,
a poda, os canos, o fluxo, o ar, a nuvem.
...Que a terra pare.

Tremam tiranos!
os amos e todos os impérios,
a hora vem, virá,
vem a consciência de classe,
palavra do sangue e do suor proletário,
os operários, camponeses e todos os explorados,
classe contra classe,
sem meios nem intermediários,
muito menos os falsos e mentirosos,
hipócritas, traidores e todos os infiltrados.

Aí vamos,

os trabalhadores ao poder!!
Com Marx, Lenin, Sandino, Carlos,
os barbudos e todos os santos.

Vamos à liberdade,
Vamos à justiça,
Vamos à dignidade,
Vamos ao socialismo.

Viva o primeiro de Maio!
Viva a solidariedade internacional dos trabalhadores!

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