DEIXEI A EMPRESA E ME LIVREI DO MEU CHEFE
Por Carlos Delano Rebouças
Quem não
conhece alguém que pediu demissão da empresa onde trabalhava, simplesmente
porque não suportava mais conviver com o chefe?
Particularmente,
conheço muitos, inclusive eu mesmo.
Pode parece
para alguns uma atitude impensada, irresponsável e inconsequente aos olhos do
profissionalismo, e até, precipitada, quando por acaso, existia um projeto de
vida, que incluía um crescimento profissional na instituição, abortado,
infelizmente, por questões de relacionamento.
Ninguém pode
negar que se trata de uma atitude muito drástica; de um passo muito sério,
principalmente quando envolve responsabilidades, sonhos e desejos. Mas o que
fazer diante de uma relação complicada, em níveis diferentes de hierarquia, e
quando aparece na esfera inferior, sob a chefia de um incompetente?
Desculpa se
ferimos alguém ao tachar de incompetente um chefe que torna um ambiente
desarmonioso, desagradável ao ponto de levar um colaborador a pedir demissão,
abandonado muitas vezes seus objetivos, simplesmente para preservar-se como
cidadão e profissional, mas não nos coube outra definição.
Essa
incompetência começa a ser identificada a partir do momento que detecta a falta
de humildade, de flexibilidade e de bom senso, por parte de gestores, que pela
força do poder, impõe um autoritarismo que somente impede formatar, ou
enfraquece a imagem de gestor, que um dia desejou ser líder.
Em situações
deste tipo, quase sempre quem perde é a empresa, que, em contrapartida, também
demonstra ser falha na seleção de seus gestores, estes a quem delega poderes,
sem fazer um acompanhamento maior e mais sensato de suas atitudes, tomadas em
relação aos pares.
Necessita-se
entender que não está fácil encontrar mão-de-obra qualificada no mercado atual,
e ainda mais, perder profissionais por falta de habilidade de lidar com
pessoas, quando estes, em muitos casos, foram tão bem lapidados por gestores
anteriores, verdadeiros líderes. É entregar de bandeja, ao mercado, bons
profissionais, assinando em baixo como incompetente.
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