quinta-feira, 7 de novembro de 2013

À caça de combustíveis fósseis



À caça de combustíveis fósseis

No entanto, a maior parte do petróleo do planeta está aprisionada entre os 150 e os 7.500 metros, sob terra e rochas. Todo esse petróleo começou em forma de pequenas plantas e animais chamados plâncton, que morreram nos mares da antiguidade, entre 10 milhões e 600 milhões de anos atrás. Essa matéria em decomposição se acumulou no piso do oceano e, com o tempo, ficou recoberta de areia e lama. No ambiente sem oxigênio, aconteceu um processo semelhante a um cozimento lento. Milhões de anos de calor e de pressão acabaram transformando a matéria orgânica em vastos depósitos de petróleo sólido, líquido e gasoso, aprisionado em armadilhas sob camadas espessas de rocha. O petróleo líquido é conhecido como petróleo e o gasoso como gás natural. O petróleo sólido surge em depósitos na forma de xisto betuminoso ou areia betuminosa.
Seria desnecessário dizer que esses depósitos de combustível não começam a borbulhar na superfície sempre que se acerta um tiro de espingarda no chão, como se vê no filme "A família Buscapé". Os geólogos estudam traços de superfície e mapas via satélite, e chegam a usar um aparelho conhecido como gravímetro, que detecta sutis variações da gravidade capazes de indicar a presença de um fluxo subterrâneo de petróleo. Nem todas essas opções são especialmente viáveis, porém, se o terreno que estiver sendo prospectado se localiza milhares de metros abaixo das ferozes ondas do mar isso pode ser possível. 
Quando buscam combustíveis fósseis no mar, os geólogos petroleiros empregam equipamento de farejamento especial que detecta traços de gás natural na água marinha. Mas como esse método só ajuda a localizar depósitos que vazam, as grandes empresas petroleiras dependem de dois outros métodos para localizar as armadilhas.
Quando próximas à superfície, certas rochas afetam o campo magnético da Terra. Usando equipamento de levantamento magnético, um navio pode passar sobre uma área e mapear as anomalias magnéticas que venha a encontrar. Essas leituras ajudam geólogos a localizar sinais indicadores de armadilhas submarinas.
Os pesquisadores também podem detectar possíveis armadilhas por meio de sensores sísmicos. O método, conhecido como sparking, envolve o envio de ondas de choque pela água e para o piso do oceano. O som viaja em velocidades diferentes através de tipos diferentes de rochas. Caso a onda de choque localize mudança nas camadas rochosas, ela retorna e é captada por hidrofones que o navio de pesquisa arrasta pela água em sua esteira. Com a ajuda de computadores, os sismologistas podem analisar a informação e localizar possíveis armadilhas. 
Direitos de prospecção

Quando uma empresa petroleira identifica um possível depósito de petróleo submarino, ela precisa obter os direitos de prospecção. A maior parte da costa e dos oceanos pertence a países, por isso as empresas precisam pagar para explorar as áreas pretendidas. .
Os navios de pesquisa utilizam canhões de ar comprimido e explosivos para causar as ondas de choque. Entre os dois métodos, os canhões causam menos ameaças à fauna marinha, mas até mesmo a poluição acústica representa ameaça para animais com senso sísmico tão agudo quanto a baleia azul, uma espécie em risco.
O que acontece depois que uma equipe detecta depósitos de petróleo submarinos? Bem, é hora de marcar as coordenadas no GPS, deixar uma bóia sinalizadora e obter licença do governo para prospecção exploratória que permita avaliação.

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