Processo de refino para a produção de lubrificantes
Os óleos lubrificantes são frações, compreendidas na faixa
do gasóleo, obtidas em condições rigorosas de refinação e sujeitas a
tratamentos específicos de modo a melhorar a qualidade do produto final. Devido
à infinidade de tipos de lubrificantes acabados, adequados a cada tipo de lubrificação,
e devido à impossibilidade das refinarias fabricarem cada tipo específico,
a solução encontrada foi a produção de óleos lubrificantes básicos,
de diferentes faixas de viscosidade. Esses cortes, quando combinados
adequadamente entre si, e aditivados, podem cobrir uma vasta gama de aplicações
para os óleos lubrificantes acabados, resolvendo dessa maneira o impasse
criado. Conforme a base do petróleo que originou os óleos básicos, pode-se ter
lubrificantes de características parafínicas ou naftênicas. Petróleos de
características aromáticas não são indicados para a produção de lubrificantes,
em face ao mau desempenho destes óleos. Os óleos de origem naftênica possuem,
como principais características, baixos pontos de flui-dez, baixos índices de
viscosidade e um elevado poder de solvência. Essas características permitem
sua utilização na formulação de óleos de lavagem (“flushing”), óleos para
compressores frigoríficos e óleos para lubrificação em condições de baixas
temperaturas. Devido a ser um óleo relativamente barato,graças às
qualidades nada excepcionais que apresenta, é utilizado também quando há
possibilidades da perda total do lubrificante durante o processo de
lubrificação (ausência de recirculação).Os óleos de origem parafínica
normalmente são de excelente qualidade.Possuem um alto índice de viscosidade,
embora tenham um alto ponto de fluidez e um baixo poder de solvência,
quando comparados com óleos naftênicos. São óleos indicados
principal-mente para a formulação de lubrificantes para motores a combustão,
óleos para sistemas hidráulicos, para engrenagem, enfim, óleos para trabalhos
em condições severas (altas temperaturas e altas pressões).Devido ao grande
consumo de óleos automotivos, a estrutura brasileira de refino para a produção
de lubrificantes está baseada em óleos básicos parafinemos. Os óleos
naftênicos, de aplicações bastante restritas, são produzidos Lubnor. Os óleos
básicos, para que tenham suas propriedades compatíveis com as de um lubrificante
acabado, devem ser submetidos a várias etapas de refino. Estes processos são
Destilação Atmosférica e a Vácuo, Desasfaltação, Desaromatizão, Desparafinação,
e Hidroacabamento.
A
unidade de destilação para a produção de lubrificantes é bastante semelhante à unidade destinada à produção de combustíveis, diferindo contudo em dois aspectos
principais.O primeiro deles prende-se ao fato que a carga para a produção de frações lubrificantes deve ser
a mais constante possível, de modo anão alterar a qualidade do produto final.
Assim, enquanto uma unidade de destilação para combustíveis opera com diversos
tipos de petróleos,de diferentes qualidades, a unidade de destilação para
lubrificantes geralmente opera apenas comum tipo de óleo cru. A unidade de
destilação para lubrificantes da Reduc processa o petróleo Árabe
Leve, enquanto o conjunto de lubrificantes da RLAM opera exclusivamente com
petróleo; Baiano. O outro aspecto diferente entre as duas unidades relaciona-se
com a seção de vácuo. Quando o objetivo visado abrange combustíveis, a seção de
vácuo possui apenas uma torre, e Dela retiram se dois cortes:
gasóleo leve e gasóleo
pesado. O produto de fundo (resíduo de vácuo)é destinado
a óleo combustível ou asfalto.Para a produção de lubrificantes, existem duas
torres de vácuo, trabalhando a pressões mais baixas, que fracionam o resíduo
atmosférico em quatro cortes destilados (“Spindle”, Neutro Leve, Neutro Médio e
Neutro Pesado) e um produto de fundo (resíduo de vácuo). Este é enviado à
unidade de desasfaltação, e dele são extraídos os cortes “Bright Stock” ou
“Cylinder Stock”.
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