por Carlos Delano Rebouças
São
muitos os questionamentos que me faço sobre as razões para se adquirir
conhecimentos, conquistar uma formação e para por em prática com um foco
definido. Sabemos que justificativas existem, porém, nem sempre unânimes sob o
ponto de vista social.
Assistindo
a filmes e documentários, especialmente aqueles que retratam guerras e o
sofrimento de determinados povos, é comum de se ver profissionais de saúde
envolvidos naquele universo de horror, sobretudo, expondo suas vidas em prol de
tantas outras. Percebemos uma dedicação total de médicos, enfermeiros,
paramédicos e voluntários, sem mesmo sabermos qual o seu ofício de formação,
dando a sua contribuição humanitária com toda a dedicação possível.
Pode
alguém dizer que não passa de uma ficção, ou seja, que se trata de filmes que
nem sempre retratam uma verdade absoluta, funcionando muito mais como uma
estratégia de impressionar a sociedade, reafirmando que no mundo ainda existem
pessoas generosas que dedicam o seu precioso tempo e conhecimento para ajudar
pessoas necessitadas.
Embora
existam pessoas que pensam assim – desacreditam da verdadeira natureza humana –
tudo se trata de uma verdade documentada, incontestável para os menos
insensíveis, duvidosos para os mais realistas.
Trata-se
de atitudes duvidosas diante de uma realidade enxergada por muitos em que
ninguém é capaz de trocar anos e anos de estudos, a conquista de uma formação
superior em universidades e a oportunidade de estar ganhando dinheiro, por
trabalhos humanitários e risco de perder sua própria vida simplesmente por
querer ajudar, por querer servir a uma determinada causa a qual entende como
edificante.
Riscos
existem de todas as maneiras, mas não seria diferente, já que convivem em um cenário
de grande exposição, nas mesmas condições de todos que ali estão contando com
sua ajuda. Contudo, todos que prestam serviços humanitários assumem que fazem
por amor ao semelhante, à natureza, à profissão e por justiça, além,
obviamente, pelo dever de servir de alguma forma para um mundo melhor, e a
maneira que encontraram de mais consistente foi pelos conhecimentos
profissionais adquiridos, para que tragam na bagagem para casa muita
experiência a ser transmitida.
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