quarta-feira, 12 de julho de 2017

MAS PARA QUE MESMO EU ESTUDEI?

por Carlos Delano Rebouças

São muitos os questionamentos que me faço sobre as razões para se adquirir conhecimentos, conquistar uma formação e para por em prática com um foco definido. Sabemos que justificativas existem, porém, nem sempre unânimes sob o ponto de vista social.

Assistindo a filmes e documentários, especialmente aqueles que retratam guerras e o sofrimento de determinados povos, é comum de se ver profissionais de saúde envolvidos naquele universo de horror, sobretudo, expondo suas vidas em prol de tantas outras. Percebemos uma dedicação total de médicos, enfermeiros, paramédicos e voluntários, sem mesmo sabermos qual o seu ofício de formação, dando a sua contribuição humanitária com toda a dedicação possível.

Pode alguém dizer que não passa de uma ficção, ou seja, que se trata de filmes que nem sempre retratam uma verdade absoluta, funcionando muito mais como uma estratégia de impressionar a sociedade, reafirmando que no mundo ainda existem pessoas generosas que dedicam o seu precioso tempo e conhecimento para ajudar pessoas necessitadas.

Embora existam pessoas que pensam assim – desacreditam da verdadeira natureza humana – tudo se trata de uma verdade documentada, incontestável para os menos insensíveis, duvidosos para os mais realistas.

Trata-se de atitudes duvidosas diante de uma realidade enxergada por muitos em que ninguém é capaz de trocar anos e anos de estudos, a conquista de uma formação superior em universidades e a oportunidade de estar ganhando dinheiro, por trabalhos humanitários e risco de perder sua própria vida simplesmente por querer ajudar, por querer servir a uma determinada causa a qual entende como edificante.

Riscos existem de todas as maneiras, mas não seria diferente, já que convivem em um cenário de grande exposição, nas mesmas condições de todos que ali estão contando com sua ajuda. Contudo, todos que prestam serviços humanitários assumem que fazem por amor ao semelhante, à natureza, à profissão e por justiça, além, obviamente, pelo dever de servir de alguma forma para um mundo melhor, e a maneira que encontraram de mais consistente foi pelos conhecimentos profissionais adquiridos, para que tragam na bagagem para casa muita experiência a ser transmitida.



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