O COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO
BRASIL
Autor: Carlos Delano Rebouças
Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatísticas (IBGE), mais de 86% da
população brasileira se diz cristã, e o restante, dividido entre seguidores de
outras doutrinas. Porém, todos contribuem de alguma forma para que se confirme
uma intolerância religiosa repudiante, capaz de levar a graves consequências.
Embora
essa fatia maior esteja dividida, nas devidas proporções, entre católicos e
protestantes, isso não significa um fator que redunde em uma plena harmonia
entre os seus seguidores ou que leve a uma postura sabia e equilibrada de
enxergar e tratar as outras religiões e crenças da fatia menor da sociedade,
aquelas que envolvem, por exemplo, o Espiritismo, o Islamismo, o Budismo e as
religiões e crenças de origem africanas. Existe, na verdade, uma resistência de
todos os lados, na qual dizem se defender, enquanto se veem bem mais ataques.
É a
confirmação da não aceitação das pessoas pelo simples fato de serem ou não de
uma determinada religião, capaz de gerar conflitos multilaterais, já que todos
querem defender o seu ponto de vista a todo custo, contando com a falta de
sabedoria como combustível principal para a edificação de uma sociedade cada vez
mais a intolerante. São conflitos ideológicos percebidos entre diversos povos,
em qualquer parte do mundo, por exemplo, entre Judeus e Palestinos, e que
acabam se espalhando pelo mundo inteiro, ganhando força e proporções de graves
consequências à humanidade.
No
Brasil, não é diferente, apesar de ainda não ter acontecido nenhum ato
terrorista com foco religioso. Contudo, é comum de ver pessoas sendo
hostilizadas na internet; bem como, moral e fisicamente, nas ruas, a caminho de
seus templos; no trabalho; nas escolas; ou no próprio ambiente familiar. São
atitudes reprováveis e inteiramente passivas de lamentações.
Para
que se tenha um fim essa desconfortável situação de intolerância religiosa, visível
na sociedade brasileira, que leva o seu povo a nutrir um sentimento nada
salutar para instauração da harmonia entre as religiões, faz necessário que
novas políticas públicas sejam desenvolvidas, a somar às já existentes, para a
defesa das garantias do direito e da liberdade de expressão religiosa de cada
cidadão, que leve também a escola a ter uma atuação maior no seu papel de
colaborador principal no processo de educação, e que seja de forma
participativa ao lado comunidade e da família, na construção de uma sociedade
mais ética e justa, livre da intolerância religiosa.
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