Por Carlos Delano
Rebouças
Desde que o mundo é mundo,
e a humanidade se manifestou com a sua existência, foram com as relações
estabelecidas em sociedade, como assim quis e necessitou o homem, e até mesmo,
naturalmente, que percebemos a existência de conflitos.
Uma situação conflituosa,
originada dentro de uma relação, seja ela de curta duração, aquela de um contato
estabelecido, entre desconhecidos, ou até mesmo, entre pessoas que já se
conhecem há um bom tempo, podem ser permeados de possibilidades de existir
discordâncias de ideias e de opiniões, que já seria o suficiente para a sua
ratificação.
Um conflito não
necessariamente redunda em violência moral ou física, onde seus atores se hostilizam
e se agridem. Porém, chegar às vias de fatos confirma um extremo absurdo,
quando alguém não compreende que existe a possibilidade de um entendimento e
que o ato de discordar, de ser contrário a uma opinião, pode ser visto, aliás,
deve ser visto como algo absolutamente construtivo nas relações sociais.
Somente assim o homem
consegue construir suas opiniões, respeitar as dos demais, e a desenvolver em
si a capacidade de aceitar as diversidades.
Não podemos negar que
homem, este animal social, também convive com seus conflitos internos, daqueles
que em alguns casos não são solucionados facilmente, devido às dificuldades que
tem de relacionar-se com seu “eu”. Acaba, infelizmente, mergulhando em crises
existenciais, fechando-se muitas vezes para o mundo, e, quando se abri,
torna-se incompreendido, e, também, incompreensível com as pessoas que convive,
gerando conflitos maiores, mais complexos, porém, não insolúveis. Precisamos
ser bastante otimistas na busca de soluções para os nossos problemas.
O homem precisa
principalmente no auge de um conflito interno, da ajuda de todos os envolvidos,
sejam eles, parentes, amigos e sociedade como um todo, a fim de que se
encontrem respostas para as tantas indagações contidas em sua mente, que na
ausência de respostas, convincentes, leva à insanidade. Resulta em atitudes
comportamentais que influenciam negativamente na sociedade, contribuindo para o
estabelecimento de situações nada harmoniosas.
Mas o homem pode lidar
com o conflito sem enxergá-lo como um problema a ser solucionado. Muito pelo
contrário, o homem pode vê-lo como um aliado, com o uso de sua capacidade
perceptiva, mesmo que a sociedade tente defini-lo como um vilão. Não demora a
entender que esse vilão pode ser o mocinho em sua vida.
Quem dera o homem não
mais conviver com seus conflitos, nem mesmo, percebê-los em sociedade, nas
relações existentes. Como seria chato, não é, viver em um mundo onde ninguém
discordasse de ninguém, numa concordância absoluta. Pois é, serviria, somente,
para estagnarmo-nos ainda mais como humanidade.
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