ACREDITANDO SEMPRE QUE A EDUCAÇÃO É A REDENÇÃO DE QUALQUER NAÇÃO E QUE DEVEMOS APOSTAR NISSO.
segunda-feira, 28 de março de 2016
BELO ARTIGO DE UM AMIGO
NÓS, OS SENHORES DA VERDADE
Autor: Allan Santos
Qual
a única opinião que importa? A nossa? Que verdade é absoluta? Aquela que
proclamamos? Quem são os tolos do mundo? Aqueles que discordam do dizemos? Como
se define todos os pensamentos, opiniões, ideias e afirmações que nós não
concordamos? Lixo, um completo lixo?
O surgimento da
internet é sem dúvidas um marco importante da era contemporânea, todos os dias bilhões
de bits e bytes de informação percorrem o mundo freneticamente aportando em
nossos computadores, tablets, smartphones, TVs e tudo mais que tiver acesso a
grande rede.
Nunca antes na
história da humanidade foi tão fácil, rápido e prático mostrar ao mundo, tudo o
que pensamos, como agimos, e tudo o que há de melhor, ou pior, em nós. Mas essa
facilidade veio para todos aqueles que fazem uso da rede, e ela se transformou
em um conglomerado vivo de ideias, como uma multidão de vozes cantando músicas
diferentes sob um mesmo coral harmonioso, ou será que não? Eu diria que nem
sempre o coral é tão harmonioso, na verdade o que se vê na maioria das vezes é
justamente o contrário, uma longa, estridente e desarmoniosa sinfonia.
É diante desse
emaranhado de ideias que me volto aos questionamentos do inicio do texto, com
tantas vozes, pensamentos e verdades se acentuou uma característica antiga
e muito negativa das nossas sociedades: a intolerância do novo ou do diferente,
o assassinato de ideias que não compartilhamos. Essa intolerância se manifesta
de forma tão espontânea e rotineira, que nos faz questionar os valores e
integridade das estruturas que sustentam nossas sociedades, nossas relações e
até mesmo nossa humanidade. Tornou-se comum presenciarmos situações em que pessoas
tentam legitimar sua opinião, inferiorizando a dos demais, fazendo uso de
argumentos pouco coerentes,
e algumas vezes argumento nenhum, apenas insultos.
Com certeza você
poderá encontrar exemplos de intolerância em suas redes sociais neste exato
momento, ou nos comentários em algum canal de noticias na internet e até mesmo
no YouTube. E muito diferente do que estamos acostumados a pensar, a
intolerância não é característica exclusiva de radicais religiosos do oriente
médio, ou de ditadores fascistas do século passado, muito menos das relações
entre classes opressoras e oprimidas, na verdade, a intolerância pode se
manifestar sob qualquer ótica e em qualquer nível de relações sociais, seja
pela opção politica, seja pela opção sexual, seja pelo time de futebol, seja
pelo videogame que você joga, e até mesmo pela forma como você fala.
Em seu conceito,
sociedade apresenta o ideal de convivência ordenada ou organizada e,
conscientemente, harmônica entre diferentes indivíduos diferentes, que
contribuem com suas habilidades e conhecimentos únicos para a manutenção e
obtenção do bem estar da coletividade. Dessa forma, como membros da sociedade,
devemos compreender a importância de se ouvir a opinião de cada um, e discutir
de forma respeitosa os mais diferentes assuntos, a fim de evoluir os
conhecimentos que temos, então: ouçamos mais, sejamos mais tolerantes, pois “a
verdade” não possui dono neste mundo.
UMA BELA CRÔNICA DE VERÍSSIMO
TUDO QUE VICIA COMEÇA COM "C"
Luiz Fernando Veríssimo
Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
...
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei,pensei e,de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi
que todo vício curiosamente iniciava com cê.
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café,mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha ? - começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum.
Impressionante, hein?
E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os
vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu". Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade? cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o ato sexual e este é denominado coito.
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas
atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim,
estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.
O HOMEM E SEUS CONFLITOS
Por Carlos Delano
Rebouças
Desde que o mundo é mundo,
e a humanidade se manifestou com a sua existência, foram com as relações
estabelecidas em sociedade, como assim quis e necessitou o homem, e até mesmo,
naturalmente, que percebemos a existência de conflitos.
Uma situação conflituosa,
originada dentro de uma relação, seja ela de curta duração, aquela de um contato
estabelecido, entre desconhecidos, ou até mesmo, entre pessoas que já se
conhecem há um bom tempo, podem ser permeados de possibilidades de existir
discordâncias de ideias e de opiniões, que já seria o suficiente para a sua
ratificação.
Um conflito não
necessariamente redunda em violência moral ou física, onde seus atores se hostilizam
e se agridem. Porém, chegar às vias de fatos confirma um extremo absurdo,
quando alguém não compreende que existe a possibilidade de um entendimento e
que o ato de discordar, de ser contrário a uma opinião, pode ser visto, aliás,
deve ser visto como algo absolutamente construtivo nas relações sociais.
Somente assim o homem
consegue construir suas opiniões, respeitar as dos demais, e a desenvolver em
si a capacidade de aceitar as diversidades.
Não podemos negar que
homem, este animal social, também convive com seus conflitos internos, daqueles
que em alguns casos não são solucionados facilmente, devido às dificuldades que
tem de relacionar-se com seu “eu”. Acaba, infelizmente, mergulhando em crises
existenciais, fechando-se muitas vezes para o mundo, e, quando se abri,
torna-se incompreendido, e, também, incompreensível com as pessoas que convive,
gerando conflitos maiores, mais complexos, porém, não insolúveis. Precisamos
ser bastante otimistas na busca de soluções para os nossos problemas.
O homem precisa
principalmente no auge de um conflito interno, da ajuda de todos os envolvidos,
sejam eles, parentes, amigos e sociedade como um todo, a fim de que se
encontrem respostas para as tantas indagações contidas em sua mente, que na
ausência de respostas, convincentes, leva à insanidade. Resulta em atitudes
comportamentais que influenciam negativamente na sociedade, contribuindo para o
estabelecimento de situações nada harmoniosas.
Mas o homem pode lidar
com o conflito sem enxergá-lo como um problema a ser solucionado. Muito pelo
contrário, o homem pode vê-lo como um aliado, com o uso de sua capacidade
perceptiva, mesmo que a sociedade tente defini-lo como um vilão. Não demora a
entender que esse vilão pode ser o mocinho em sua vida.
Quem dera o homem não
mais conviver com seus conflitos, nem mesmo, percebê-los em sociedade, nas
relações existentes. Como seria chato, não é, viver em um mundo onde ninguém
discordasse de ninguém, numa concordância absoluta. Pois é, serviria, somente,
para estagnarmo-nos ainda mais como humanidade.
domingo, 27 de março de 2016
UM SILÊNCIO MANTIDO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS
Por Carlos Delano Rebouças
“Quem
cala consente”. Ditado antigo, mas sempre usado, nas mais diversas situações e
pelas mais diferentes pessoas, e que sempre oferece inúmeras possibilidades de
interpretações. Estamos sempre na emissão e recepção deste dito popular, que
permeia diversos setores de nossa vida.
Antes
de esmiuçarmos essa discussão, que como disséramos, trata-se muita rica de
interpretações, formalizamos uma indagação com o intuito de permitir uma reflexão:
O
seu silêncio representa sempre um consentimento, ou pode significar outros
posicionamentos?
Medo,
cautela, insegurança, incompreensão e até concordância, podem ser as varias
definições para o silêncio de alguém ou em determinadas situações. Trata-se de
uma resposta, sobretudo, quando esta, vincula-se a uma situação que envolve
interesses maiores e de mais pessoas. Atitude que flutua entre a pensada e a
instantânea, sendo esta, estabelecida bem mais pelas emoções, de bases
psicológicas. Pode ser a mais prudente, contudo, para quem a recebe como
resposta, perigosa, levando o emissor a riscos tão elevados, quanto se tivesse
declinado algumas palavras
.
O
silêncio pode incomodar, aliás, incomoda, e muito. Pode ser a resposta que
ninguém espera. Um refúgio, ou mesmo, uma atitude que permite precipitadas
interpretações. Uma fuga ou saída de determinadas situações. Há quem defenda
que o silêncio quebrado pelos gritos de choro, e de sofrimento de vítimas de
estupro e o combustível para as mentes doentias de quem comete tais
barbaridades. Não deixemo-nos experimentar quebrar esse silêncio com palavras
indicativas de prazer, até mesmo porque a situação não permite, mas que pode
ter um fundo de verdade.
Hoje
o profissional se cala, para manter o emprego. Até nem tem aumento, porque não
se atreve a pedir. Criminosos praticam crimes, sob o silêncio da sociedade.
Calados, ficamos, pela conveniência, numa absoluta zona de conforto.
Mas
como temos a liberdade de escolha, fiquemos calados, em silêncio, sem
estardalhaços. Assim resguardamo-nos contra tudo e todos que enxergam que o
silêncio é a melhor maneira de se manter seguro nesta vida, mesmo preferindo falar.
Assim
funciona a lei. A lei do silêncio.
domingo, 20 de março de 2016
VIDA MODERNA
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por
experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu
estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo !
Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher na cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésia.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal...Tchau....
Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.
ALGUÉM QUESTIONA?
"A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real."
UM BEBÊ CAMELO
Uma mãe e um bebê camelo estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
– Mãe, mãe, posso te perguntar umas coisas?
– Claro! O que está incomodando o meu filhote?
– Por que os camelos têm corcova?
– Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
– Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
– Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que qualquer um - disse a mãe, toda orgulhosa.
– Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão...
– Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - disse-lhe a mãe com orgulho nos olhos.
– Tá.. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então, o que estamos fazendo aqui no zoológico?
<<<<<<<>>>>>>>
Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências são úteis se você estiver no lugar certo.
ONDE você está agora?
FUTURISMO: VANGUARDA EUROPEIA
O movimento futurista eclodiu historicamente no dia 20 de fevereiro de 1909, sendo caracterizado como uma escola de cunho artístico e literário. Ele nasceu dos princípios expostos no Manifesto Futurista, publicado no periódico francês Le Figaro por Filippo Marinetti, renomado poeta italiano.
Esta corrente desprezava explicitamente todo padrão moral, bem como os valores que permaneceram no passado. Ela primava por um novo paradigma estético, o qual deveria seguir parâmetros fundados na celeridade temporal, no engrandecimento dos combates e, consequentemente, na recorrência à força.
Seus seguidores se fiavam excessivamente no progresso tecnológico vigente em fins do século XIX. Eles cultivavam especialmente a publicidade como principal meio de comunicação, exaltando a tipografia à qual se recorria neste período. O lema do primeiro manifesto era “Liberdade para as palavras”. Qualquer fronteira ainda existente entre a arte e o design é então eliminada.
O Futurismo se insinua no âmbito de todas as expressões artísticas e inspira muitos artífices a instituir suas próprias escolas modernistas. Ele cultua de tal forma a novidade, que até mesmo se vê tentado a demolir instituições museológicas e cidades ancestrais. Para os futuristas as conflagrações bélicas visavam sanar o Planeta.
Os futuristas navegavam pelas vertentes dos jogos, do idioma puro, do rompimento das regras tipográficas convencionais, optando pelo recurso às onomatopéias, figuras de linguagem com as quais é possível simular sonoridades através de um fonema ou de uma palavra. Esses meios explorados pelo futurismo reverberaram, posteriormente, em movimentos como o dadaísta, o concretista, bem como na tipografia dos tempos modernos e no design gráfico típico da pós-modernidade.
A França e a Itália foram os núcleos por excelência do Futurismo. Infelizmente, muitos dos artistas que se alistaram em suas fileiras se aliaram também ao ideal fascista. No pós-guerra, porém, esta escola perdeu seu vigor inicial, embora sua alma desassossegada tenha continuado a pairar sobre futuras manifestações artístico-culturais. Nas artes plásticas o futurismo foi inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo. Na literatura, a principal repercussão se dá na poética italiana, veículo de defesa das ideologias políticas.
No Brasil este movimento marcou a trajetória de vários artistas, entre eles Oswald de Andrade, na esfera literária, e Anita Malfatti, no campo da pintura. Eles conheceram o futurismo e o próprio Marinetti em suas idas à Europa, em 1912. Embora tenham se distanciado durante a Guerra, resgataram posteriormente este precioso intercâmbio de idéias.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi igualmente inspirada pelo Futurismo. Concepções como a rejeição ao passado, o culto do futuro, o desprezo às reproduções e o cultivo da pureza original vieram perfeitamente de encontro ao que os modernistas buscavam. Eles não desejavam nada mais que substituir padrões artísticos europeus por uma genuína criação nacional, valorizando a arte dos nativos e a cultura produzida pelos africanos.
EXPRESSIONISMO: VANGUARDA EUROPEIA
Entre as vanguardas artísticas europeias do início do século XX, o expressionismo foi uma das mais notórias. A arte expressionista teve seu desenvolvimento principal na Alemanha, não se restringindo apenas às artes plásticas, mas abrangendo o cinema também. O conceitoexpressionismo tornou-se corrente na crítica jornalística depois que Herwath Walden popularizou-o em sua revista “Der Sturm” (A Tempestade), em 1912.
Características do Expressionismo
Entre as principais características da arte expressionista, destaca-se a distorção linear, isto é, os traçados espessos e angulosos das formas retratadas, seja de seres humanos, seja de objetos, o que produz uma simplificação radical das formas. Destaca-se também o emprego de cores intensas, com pinceladas bem marcadas, deixando evidente o efeito do traçado sobre a tela. Essas características já podiam ser vistas, em germe, em artistas das últimas décadas do século XIX, como os pós-impressionistas Gauguin, Edvard Munch e Vincent Van Gogh, que serviram de modelo aos expressionistas.
Os artistas ligados ao expressionismo organizaram-se em dois grupos, um na cidade de Dresden e outro na cidade de Munique, como explicita o crítico Larry MacGinity:
“O movimento expressionista estava associado a dois grupos de artistas, um baseado em Dresden e outro em Munique, sendo que ambos possuíam muitos objetivos e influências em comum. Os artistas queriam distinguir-se da sociedade urbana, da qual a maioria deles se originou. Alguns levaram uma vida comunitária em áreas rurais, onde desenvolveram uma fascinação por sociedades 'primitivas', tornando-se colecionadores e imitadores da arte folclórica alemã, em um esforço para reacender a força vital da arte, que acreditavam ter sido suprimida.”
A arte primitiva das tribos africanas também serviu como fonte para os expressionistas, mas também outras fontes foram de fundamental importância, como os artistas do Renascimento Alemão Albrecht Dürer e Mathis Grünewald, com seus trabalhos em desenho e seu uso específico de luz e sombra. Além disso, no campo das ideias, os expressionistas serviram-se do pensamento filosófico deFriedrich Nietzsche. Inclusive, foi pensando em uma imagem descrita por Nietzsche, que falava a respeito da situação do homem – que está sempre a caminhar sobre uma ponte que o levará além do que é –, que o nome do grupo expressionista ficou conhecido como “A Ponte” (Die Brücke).
“Fränzi perante uma cadeira talhada”, de Ernst Ludwing Kirchner, 1910.
Entre os principais nomes do expressionismo estavam Fritz Bleyl, Erich Heckel, Ernst LudwingKirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Max Pechstein, Emil Nolde e Otto Mueller. No Brasil, a técnica expressionista esteve presente na arte de nomes como Anita Malfatti, Lasar Segall, Portinari, Oswaldo Goeldi e Iberê Camargo.
DICA IMPORTANTE DE PORTUGUÊS
Quando analisamos um período composto por subordinação; aquele que depende de uma oração principal, é comum perceber entre o corpo discente que reside uma dúvida cruel entre a classificada como subjetiva em relação à predicativa. Vejamos:
A SUBJETIVA ( exerce papel de sujeito): O importante é que retorne cedo da festa.
A PREDICATIVA (exerce papel de predicativo): Importante é que retorne cedo da festa.
Parecidas, não são? Bem diferentes, quanto a sua função sintática, no tocante a função exercida pela oração subordinada.
Observe que na classificada como SUBJETIVA, percebemos a presença do artigo "O" que sintaticamente acompanha o substantivo, que exerce a função de sujeito neste caso. Já na PREDICATIVA, não percebemos a presença do artigo, que logo, a palavra "importante" está na função de adjetivo, como predicativo do sujeito representado pela oração subordinada inciada pela conjunção integrante "que".
Fica a dica!
SOMOS VÍTIMAS DO OTIMISMO?
Por Carlos Delano Rebouças
Estranho, não é, levantar uma indagação sobre a possibilidade de sermos vítimas de algo que buscamos sempre na vida? Mas parece que em alguns momentos o otimismo pode parecer um vilão, ao invés de mocinho, para muitas pessoas.
Que devemos acreditar sempre que vai dar certo tudo que pensamos em fazer; que nada vai dar errado, e que o sucesso é o único resultado esperado; e que somos e estamos preparados para o sucesso, e jamais iremos enfrentar dificuldades são exemplos fortes, clássicos, de frases otimistas, de forte apelo otimista, mas que pode nem sempre significar uma verdade, aliás, significar uma grande frustração.
Geralmente procuramos construir a nossa estrada da vida, pessoal e, em especial, profissional, com o fortalecimento de bases fortes e seguras, de cujos tijolos do conhecimento e sabedoria, têm-se necessidade inquestionável. Servem de alicerce para conquistas futuras e estimáveis, estas, planejadas tanto pelas necessidades, quanto pelas vontades, e o otimismo se encarrega de segurar as rédeas desse puro-sangue que pode se tornar um pangaré.
O otimismo é plantado ou se busca plantar na mente de cada um de nós. Quando nos encontramos cabisbaixo, sem ver muitas razões para sorrir ou vislumbrar algo positivo, logo tudo pode mudar nas nossas vidas. Que bom que acreditamos nisso e convivemos com pessoas que compartilham do mesmo pensamento.
Mas para muitos, esse otimismo pode ser perigoso, ante a sua capacidade de estimular tomadas de atitudes impensadas, movidas pelo desejo urgente e incontrolável do sucesso, que sem fazer as necessárias reflexões, pode levar a fracassos, de consequências sérias para a vida dos envolvidos.
Para ser otimista, defendem que antes, de mais nada devemos ser prudente. A prudência é uma característica primordial no homem de sucesso. Ela deve aparecer no topo da lista de características importantes de um vencedor, e, abaixo, vem outras mais, inclusive, o otimismo, responsável ao ponto de não resultar em cegueiras, tamanha a vontade de crescer.
Pena que nem sempre pensamos assim, ou seja, colocando a prudência em primeiro lugar, ou pelo menos, em uma escala acima do otimismo. Este parece existir sozinho, sem que não houvesse necessidade de outros atributos. Faz com que sejam tomadas atitudes impensadas, como se não tivesse espaço para o insucesso, numa absoluta blindagem de seu protagonista.
Para sermos otimistas, acima de tudo devemos ser cautelosos e sensatos para com a nossa autoavaliação. Não podemos nos permitir achar que somos os melhores, muito menos, que nos enxergam assim, sem ao menos, que prevaleça o bom senso, a lucidez. Pensar positivamente não é enganar-se, pois, assim sendo, pode redundar em graves consequências, dentre elas, a queda de um “muro” que permitia uma condição que não condizia com uma verdade.
sexta-feira, 4 de março de 2016
DIFERENÇAS ENTRE IRONIA E SARCASMO
- IroniaA ironia é uma forma de expressão literária ou uma figura de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de zombar de alguém ou de alguma coisa, com um ponto de vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor.Exemplos:
- A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. (Monteiro Lobato)
- Meu marido é um santo. Só me traiu três vezes!
- SarcasmoÉ um tipo de ironia mais amarga e provocatória, transformando-se às vezes quase numinsulto. A ironia é uma inversão do real significado de algo em determinado contexto, por exemplo, quando se diz o contrário do que se pensa. Apesar da função de criticar e censurar algo ou alguém, a ironia é uma reação mais moderada que o sarcasmo.Muitas vezes, um comentário sarcástico apresenta no seu conteúdo palavras cruéis que provocam uma reação ofensiva e mágoa em quem o recebe.Exemplos:
- Senhora, tem um pouco de cara na sua maquiagem.
- Espere um momento, estou tentando imaginar como você seria se tivesse cérebro.
- O seu perfume é bom. Quanto tempo você esteve submerso nele?
- Você precisa de um cirurgião plástico e não de um médico.
ASSIM, PENSO E AJO
Sinto-me sempre entusiasmado em fazer a entidade Educação desocupar o pequeno espaço entre os interesses maiores de nosso povo e de nossa nação. Luto diariamente para que ocupe de fato e de direito o seu lugar de destaque, no topo dos interesses.
Para isso, priorizo a qualidade, desde a elaboração de minhas aulas e de meus discursos, não somente aqueles, que convergem para os propósitos das instituições, mas sim, que possam formar o cidadão que também pode divergir dos propósitos que não sejam comuns para uma sociedade igualitária.
BELO TEXTO DE VERÍSSIMO
Tu e Eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
En não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.
Luis Fernando Verissimo
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
En não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.
PLATÃO DISSE
A velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos sentidos. Quando a violência das paixões se relaxa e o seu ardor arrefece, ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos.
PlatãoA FESTA ACABOU, E VIROU, INFELIZMENTE, A CASA CAIU
Por Carlos Delano Rebouças
A
educação de hoje, incontestavelmente, parece muito diferente de gerações
passadas, e não precisa ir muito longe, basta-nos voltar duas ou três décadas
para ratificar essa afirmação.
Alguém
pode dizer que os filhos de hoje são mais difíceis de serem educados. Há que
diga que são os pais que são mais complicados. Sei lá, fica uma dúvida tão
grande quando entendemos que a educação é mutua e o mundo media este processo.
Independentemente
das dúvidas suscitadas, é quase unânime a crença que educar filhos no dia de
hoje é algo muito difícil por diversos aspectos, afora, a culpa atribuída aos
dois (pais e filhos) dos diversos atores desta tragicomédia da vida.
Mas
o que pode dificultar tanto esse processo? Será que está mesmo tão difícil
concorrer com o mundo nesse processo, quando este é visto não como mediador e
sim, como educador? Ou somos nós, pais e responsáveis, que estamos falhando,
omitindo-nos em diversos aspectos, e, irresponsavelmente, transferindo a culpa
e escapando pela tangente?
São
perguntas que parecem não ter respostas, mas, diante de uma reflexão sensata,
não falta firmeza em apresentar as respostas. Precisamos entender que
absolutamente estamos falhando na seleção das prioridades, na definição das
metas e objetivos comuns para a entidade família. Prevalece os interesses
particulares, construídos pela vitrine de um mundo, nosso, único, exclusivo, que
toma conta de nossa mente, do nosso coração, e que nos torna egoístas ao ponto
de pensar em quem não nos pediu a vir ao mundo, mas, acredita ser de nossa
responsabilidade ajudar na sua educação.
As
crianças não têm culpa de estarem sendo criadas para um mundo cada vez mais
individualistas. Estão se tornando cada vez mais jovens e adultos distantes da
compreensão sobre aspectos como fraternidade e igualdade, além de confundir o
que é ter liberdade. São lemas importantes, que se perdem na memória e no
tempo, como a cor dos cabelos que se tornam brancos na velhice despreparada da
vida.
Quantas
crianças, como eu, na minha infância, ouviu a mãe dizer, à noite, quando
brincávamos com os amigos, depois de uma festinha de aniversário: “Vamos,
menino, entra, que a festa acabou.” Baixávamos a cabeça e nos despedíamos dos
amiguinhos, mesmo a contragosto, e entrávamos em casa para dormir.
Hoje,
infelizmente, muitos jovens mal orientados na sua educação e formação, estão
ouvindo, mas, da polícia, a seguinte frase: “Bora, vagabundo! Bora que a casa
caiu”.
Pequena
frase, esta última, além de forte e pesada, não acham? Pai nenhum gostaria de
ouvir?
Assinar:
Postagens (Atom)
-
A canção de autoria de Belchior – Galos, Noites e Quintais – que também fez muito sucesso com Jair Rodrigues, serve-nos para uma análise in...
-
EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA PETROBRAS NO CEARÁ E RIO GRANDE DO NORTE, NAS CIDADES DE GUAMARÉ, NATAL, MOSSORÓ, ALTO DO RODRIGUES, PARACURU, FO...