O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou nesta
segunda-feira que a produção do Campo de Libra atingirá, no pico, 1,4
milhão de barris de petróleo e 40 milhões de metros cúbicos de gás por
dia. Ele lembrou que, neste ano, toda a produção brasileira será de 2,1
milhões de barris diários.
“Os benefícios oriundos dessa grande jazida a ser explorada pelo
regime de partilha resultarão no aumento da produção para o
abastecimento interno e também contribuirão para as nossas exportações”,
disse Lobão, durante rápido discurso na solenidade de assinatura do
contrato de partilha no Campo de Libra.
Lobão recordou outros números que já haviam sido citados
anteriormente pelo governo. Estimou, por exemplo, que a União arrecadará
R$ 1 trilhão em participações governamentais — o que inclui R$ 270
bilhões de royalties, R$ 15 bilhões do bônus de assinatura recém-pago ao
Tesouro Nacional, o excedente de óleo produzido no campo e tributos
desembolsados pelas empresas. Ele também lembrou o impacto da fabricação
de equipamentos como plataforma e sondas na indústria fornecedora de
bens e serviços.
“Outros leilões na área do pré-sal virão, trazendo excelentes
oportunidades de investimentos”, afirmou o ministro, sem avançar em
detalhes sobre os planos do governo. Segundo ele, o Brasil vive um
“momento singular da vida nacional” ao assinar o contrato e desenvolver o
projeto de Libra.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse, por sua vez, que as
empresas que formam o consórcio vencedor do leilão do Campo de Libra, no
pré-sal da Bacia de Santos, pretendem aprovar até o dia 18 de dezembro o
modelo de governança para gerir o projeto. "Hoje de manhã tivemos uma
reunião importante. Até o dia 18 devemos aprovar o modelo de governança
de Libra: como vamos operar, entre nós empresas, para ter um contato
permanente e propositivo", afirmou.
Vamos trabalhar em bases absolutamente realistas", acrescentou Graça,
lembrando que todas as empresas que compõem o consórcio têm planos
estratégicos em andamento - algumas até o horizonte de 2020. "Dentro da
Petrobras, uma governança específica irá conduzir o projeto de Libra."
Segundo Graça, um projeto "dessa envergadura" requer "eficácia" e
"transparência".
Foram as primeiras aparições públicas de Graça e de Edison Lobão,
após reajustes autorizados na sexta-feira passada para gasolina e
diesel.
No mesmo evento, o vice-presidente executivo da francesa Total,
Yves-Louis Darricarrere, disse que a participação no consórcio
responsável pelo Campo de Libra "se encaixa muito bem" na estratégia da
empresa. Ele lembrou que "40% das descobertas de óleo e gás nos últimos
cinco anos foram feitas no Brasil" e é "extremamente importante" para a
Total fortalecer sua presença no país.
"Não só em óleo e gás, mas em todos os passos das cadeias de valor",
disse Darricarrere. "É certamente uma grande oportunidade para nós",
concluiu o executivo francês, antes de deixar o evento, sem responder a
perguntas de jornalistas sobre suas expectativas para o início da
produção em Libra.
FONTE: valor.com.br
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