quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

EXPECTATIVA DO CAMPO DE LIBRA

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou nesta segunda-feira que a produção do Campo de Libra atingirá, no pico, 1,4 milhão de barris de petróleo e 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Ele lembrou que, neste ano, toda a produção brasileira será de 2,1 milhões de barris diários.
“Os benefícios oriundos dessa grande jazida a ser explorada pelo regime de partilha resultarão no aumento da produção para o abastecimento interno e também contribuirão para as nossas exportações”, disse Lobão, durante rápido discurso na solenidade de assinatura do contrato de partilha no Campo de Libra.
Lobão recordou outros números que já haviam sido citados anteriormente pelo governo. Estimou, por exemplo, que a União arrecadará R$ 1 trilhão em participações governamentais — o que inclui R$ 270 bilhões de royalties, R$ 15 bilhões do bônus de assinatura recém-pago ao Tesouro Nacional, o excedente de óleo produzido no campo e tributos desembolsados pelas empresas. Ele também lembrou o impacto da fabricação de equipamentos como plataforma e sondas na indústria fornecedora de bens e serviços.
“Outros leilões na área do pré-sal virão, trazendo excelentes oportunidades de investimentos”, afirmou o ministro, sem avançar em detalhes sobre os planos do governo. Segundo ele, o Brasil vive um “momento singular da vida nacional” ao assinar o contrato e desenvolver o projeto de Libra.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse, por sua vez, que as empresas que formam o consórcio vencedor do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, pretendem aprovar até o dia 18 de dezembro o modelo de governança para gerir o projeto. "Hoje de manhã tivemos uma reunião importante. Até o dia 18 devemos aprovar o modelo de governança de Libra: como vamos operar, entre nós empresas, para ter um contato permanente e propositivo", afirmou.
Vamos trabalhar em bases absolutamente realistas", acrescentou Graça, lembrando que todas as empresas que compõem o consórcio têm planos estratégicos em andamento - algumas até o horizonte de 2020. "Dentro da Petrobras, uma governança específica irá conduzir o projeto de Libra." Segundo Graça, um projeto "dessa envergadura" requer "eficácia" e "transparência".
Foram as primeiras aparições públicas de Graça e de Edison Lobão, após reajustes autorizados na sexta-feira passada para gasolina e diesel.
No mesmo evento, o vice-presidente executivo da francesa Total, Yves-Louis Darricarrere, disse que a participação no consórcio responsável pelo Campo de Libra "se encaixa muito bem" na estratégia da empresa. Ele lembrou que "40% das descobertas de óleo e gás nos últimos cinco anos foram feitas no Brasil" e é "extremamente importante" para a Total fortalecer sua presença no país.
"Não só em óleo e gás, mas em todos os passos das cadeias de valor", disse Darricarrere. "É certamente uma grande oportunidade para nós", concluiu o executivo francês, antes de deixar o evento, sem responder a perguntas de jornalistas sobre suas expectativas para o início da produção em Libra. 

FONTE: valor.com.br

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