quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

NOTÍCIAS DO CASTANHÃO

VALE DO JAGUARIBE

Pesca no Castanhão aumenta 25% neste ano

26.12.201
Limoeiro do Norte. Os efeitos da estiagem causaram impactos negativos na piscicultura do Estado, com a diminuição de 16,6% da produção este ano em comparação ao ano passado. As informações foram coletadas pela Secretaria de Pesca e Aquicultura de Nova Jaguaribara junto ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Por outro lado, o maior produtor de tilápia do Ceará, o Açude Castanhão, fechou o ano com aumento de 25% na sua produção de pescado.

Atualmente, o açude utiliza apenas 40% de toda sua capacidade produtiva, podendo chegar a uma produção de 40 mil toneladas de tilápia por ano

As informações foram levantadas pelo órgão municipal para avaliar o desempenho produtivo do açude durante o ano. Os números surpreenderam e, ao mesmo tempo, preocuparam gestores do município, que temem os impactos negativos do crescimento desordenado da produção local.

Segundo dados do Relatório de Potencialidades Aquícolas do Castanhão, apresentado pela Prefeitura ao Ministério da Pesca, apesar das dificuldades o Castanhão encerra o ano com a produção de 18 mil toneladas de tilápia, um crescimento de 20% em comparação a 2012, onde fechou o ano com a produção de 15 mil toneladas do pescado. No Ceará a produção caiu de 30 mil toneladas em 2012 para cerca de 25 mil toneladas em 2013.

Para a secretária executiva de Pesca e Aquicultura, Lívia Barreto, o Castanhão praticamente sustentou a produção do pescado no Ceará.

Migração

"Segundo informações que foram levantadas, muitos açudes que produziam tilápia estavam com o nível muito abaixo ou secaram, como é o caso do açude Pereira Miranda, na cidade de Pentecoste, que era o terceiro maior produtor de tilápia do Ceará, onde tivemos a informação que, no final de novembro, todos os tanques redes foram retirados devido ao baixo volume do reservatório", conta ela.

Em consequência da falência de alguns reservatórios para a piscicultura, a secretária afirma que houve um processo de migração de muitos empresários para o Castanhão, o que preocupou a secretária quanto ao crescimento desordenado.

Ela explica que o crescimento desordenado é perigoso, por ocasionar um descontrole da produção. Um dos problemas que os produtores que já atuam no Castanhão enfrentam é a falta de estrutura de abate, para o descarte adequado das vísceras e a higienização do pescado. Outro ponto ressaltado por Lívia são as boas práticas de manejo, que também é uma deficiência, e é fundamental para diminuir algum impacto ao meio ambiente, que interfira na qualidade da água.

"Alguns empresários que chegaram sabem o que fazem, mas outros não sabem. Como não temos o controle dos que estão chegando, e ainda estamos em processo de organização dos que já estão, confiamos que são pessoas experientes, mas ficamos preocupados com a parte da evisceração e que não haja poluição", lamenta.

Em açudes de múltiplos usos, como é o Castanhão, há uma determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ministério da Pesca, para que 1% da sua lamina d´água seja destinada à criação de peixe em cativeiro, o restante servirá ao abastecimento humano e a agricultura. Atualmente, o Castanhão utiliza apenas 40% de toda sua capacidade produtiva, podendo o mesmo chegar a uma produção de 40 mil toneladas de tilápia por ano, caso seja utilizada toda área destinada à piscicultura.

Para o ano que vem esperamos que aconteça um aumento ordenado da produção, com uma atuação mais efetiva dos órgãos competentes, um crescimento no processamento do pescado para geração de mais emprego e o trabalho social junto com envolvidos, empresários e associações de piscicultores.

FONTE: OPOVO


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