domingo, 30 de julho de 2017

REFERENCIAÇÃO TEXTUAL

referenciação faz parte do processo de organização global de um texto e, dentre esses processos, destacaremos aqueles que se dão por meio da anáfora e da catáfora. Resumidamente, podemos dizer que as anáforas dizem respeito ao resgate dos termos que foram previamente explicitados em um texto. Sobre as catáforas, podemos dizer que é uma referência feita sobre aquilo que ainda será exposto no texto, resultando, assim, em dois movimentos, respectivamente regressivo e progressivo. As anáforas e catáforas estão presentes em nosso discurso e ocorrem com uma frequência bem maior do que imaginamos. Acontecem em qualquer tipo de interação verbal, até mesmo nos eventos de fala mais corriqueiros. Não é preciso ser grande entendedor de Gramática para apropriar-se dos recursos que a Língua permite utilizar. Observe o exemplo abaixo:
Carolina acordou às cinco da manhã daquela segunda-feira e seguiu rumo à estação do metrô. A garota esperou durante vinte minutos e era aquilo que estava à sua espera: um vagão lotado, inexplicavelmente habitado por centenas de trabalhadores que se abarrotavam naquele lugar à procura de qualquer mínimo espaço.
Fazendo uma leitura cuidadosa do trecho acima, encontramos alguns exemplos que podem ilustrar os conceitos de anáfora e catáfora. O termo a garota faz referência a um termo expresso anteriormente, nesse caso, o substantivo próprio Carolina. Posteriormente, podemos observar outra anáfora, dessa vez o termo naquele lugar, que retoma o termo vagão lotado. Quanto à catáfora, ela está evidenciada pelo pronome aquilo, que fará referência a um termo ainda não expresso, que é representado pela expressão um vagão lotado.
Conhecendo esses dois elementos presentes no processo de referenciação, tenho certeza de que eles serão facilmente denotados não só nos textos que a partir de agora você redigirá, mas também em outras situações discursivas, como na fala. Considerando esses aspectos concernentes à coesão textualpoderemos fazer o uso correto dos elementos que garantem a construção de um texto sem erros, constituído por ideias claras e por uma sequenciação lógica de eventos, mesmo que esses não sejam lineares.

BELA CANÇÃO!


REFLITA


INGRATIDÃO TRAIDORA


por Carlos Delano Rebouças

Há quem diga que um dos mais dignos sentimentos que um homem pode possuir é a gratidão. É ele que nos diferencia na sociedade, perante a quem reconhece o verdadeiro valor de ser grato por algo que lhe foi feito, contudo, parece que cada vez mais é desmerecido entre os homens que já não conseguem definir valores humanos.

Quando pequeninos, nossos pais nos ensinam a agradecer pelo que nos é feito. Isso acontece quando nos presenteiam ou nos agradam de alguma forma. Trata-se de uma maneira de nos educarmos para a vida, aprendendo a reconhecer uma gentileza feita, um favor concedido, na certeza de que ninguém não necessariamente é forçado a isso, embora acredite que temos a obrigação de servir.

Apesar de sermos orientados dessa forma quando crianças, muitos pais, infelizmente, não desenvolverem essa prática, levando muitas crianças a deixarem de dizer o famoso “muito obrigado” no transcorrer da vida. Às vezes, aqueles que na infância seguiam rigorosamente as orientações dos pais, deixando bastante claro que nem sempre é bem assimilado e se torna uma regra, quando falta uma compreensão sobre a sua existência e necessidade. Em outros casos, até que a famosa frase é dita, entretanto, puramente mecanizada, como se fosse natural, parte do discurso, sem mesmo existir a intenção de agradecer.

Entre agradecer e ser grato existe uma diferença enorme, que leva a diversas interpretações do homem e de suas características. Ser grato é uma questão de caráter, que envolve determinados valores ausentes em muitos que sequer conseguem agradecer, e com o fazem, não parece uma verdade absoluta. É o agradecer por agradecer e nada mais.

Ser grato é muito mais que ser repetitivo no reconhecimento do que lhe foi feito e da pessoa que esteve à frente das ações. Ser grato é ter a certeza de que tudo que lhe foi feito fez a diferença na sua vida e que jamais pode ser reduzido a pouco, muito menos a nada. Ou seja, é nunca esquecer a importância que teve em um dado momento de sua vida, em que o seu contexto permitiu defini-lo como difícil e delicado, mas, depois de superado, não pode ser esquecido.

Mas, esquecer o que é feito e quem o fez parece uma prática comum entre os homens. Logo, numa oportuna situação, daquelas que desagradam na maioria dos casos, aos olhos do imponderado, o nome de quem um dia fez algo de grande importância de imediato é adjetivado negativamente. São novos conceitos apresentados sem serem mensurados na balança da vida, a qual apresenta, em seus lados opostos, os prós e os contras de qualquer um de nós, para que possamos avaliar, justamente, as pessoas e suas atitudes.

Avaliar é comum ao homem. Adoramos nos definir, quase sempre positivamente, ao contrário das vezes em que nos referimos a alguém. Contudo, entre definições justas ou não, embora sejam prejudiciais, já que contribuem para construir uma imagem nem sempre verdadeira de alguém, pior ainda é esquecer o que foi feito por você, numa incontestável atitude de ingratidão, como se nada tivesse representado na nossa vida. É a ingratidão traindo o homem com a insensatez cega e de olhos bem abertos.


PARÁBOLA DO DIA

A martelada

 

Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança, atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou.
 
Imediatamente, o comandante mandou chamar o técnico do porto mais próximo.
 
O técnico chegou de helicóptero e trabalhou durante uma semana, porém sem resultados concretos.
 
Chamaram então o melhor engenheiro naval do país. O engenheiro trabalhou três dias inteiros, sem descanso, mas nada conseguiu.
 
O navio continuava enguiçado.
 
A empresa proprietária do navio mandou, então, buscar o maior especialista do mundo naquele tipo de motor. Ele chegou, olhou detidamente a casa das máquinas, escutou o barulho do vapor, apalpou a tubulação e, abrindo a sua valise, retirou um pequeno martelo. Deu uma martelada em uma válvula vermelha (que estava emperrada) e guardou o martelo de volta na valise.
 
Mandou ligar o motor e este funcionou perfeitamente na primeira tentativa.
 
Dias depois, chegaram as contas ao escritório da empresa de navegação.
 
Por uma semana de trabalho, o técnico cobrou US$ 700.
 
O engenheiro naval cobrou, por três dias de trabalho, US$ 900.
 
Já o especialista, por sua vez, cobrou US$ 10,000.00 pelo serviço.
 
Atônito com esta última conta, o diretor financeiro da empresa enviou um telegrama ao especialista, perguntando: "Como você chegou a esse valor de US$ 10 mil por cerca de um minuto de trabalho e uma única martelada?".
 
O especialista, então, enviou as seguintes especificações, no cálculo dos seus honorários profissionais à empresa:
 
Por dar uma martelada: US$ 1
Por saber exatamente onde bater com o martelo: US$ 9,999
 
<<<<<<<>>>>>>> 
 
O que vale, na prática, não é dar a martelada, mas saber onde bater com o martelo. A martelada você pode até delegar para outro...
 
Pense nisso. Quanto realmente vale um profissional que sabe exatamente onde bater com o martelo?
 
 
 
Autor: Desconhecido
 

O ÚLTIMO APITO


sábado, 29 de julho de 2017

UM EXCELENTE CONTO


A ÁRVORE SECA


O caos estava instalado, o mundo estava em guerra, em guerra contra ele mesmo.
Leia e Lucas, um casal recém-casado, integravam um grupo de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas vidas, casas e empregos pois começaram a ser perseguidas pelo exército. Não se sabe porque eram perseguidos, mas agora suas vidas se resumiam em fugir, se esconder e manter-se vivos.
De tempos em tempos o exercito fazia missões onde matava todos que encontravam. As pessoas que conseguiam fugir dos ataques foram se juntando aos poucos, formando grupos, e nesse contexto estava o grupo do nosso casal, que acabou adotando como estratégia, viver na floresta.
Não bastassem as ações do exercito, a mãe natureza demonstrava toda sua fúria para com o mundo frequentemente.
Eles já não se lembram a quanto tempo estão fugindo e nessa noite escura, sem lua, há muita chuva. Já chove há semanas e algumas áreas da floresta estão completamente alagadas. Eles estavam passando por uma área alagada a nado, quando iniciaram os disparos.
No meio do desespero da fuga, acontece a segunda pior coisa que poderia acontecer: Eles se separam.
(…)
Já fazia semanas que havia perdido ela, os últimos fios tênues de esperança se esvaem, ele que não tinha mais nada. Triste, sai de seu esconderijo, não vendo outra opção e entra numa clareira uma arvore, chama sua atenção, uma arvore seca, que representava como se sentia por dentro. Ele se senta debaixo da arvore e sem medo do perigo desabafa:
– EU A PERDIIIIIIIIIIIII.
De repente ele vê uma movimentação estranha, não que se importasse mais com isso, mas parecia uma pessoa correndo em sua direção. Conforme foi se aproximando um calor foi se espalhando dentro dele, era ELA, era ELAAA! Ele se vê correndo na direção dela e a uma fração de segundo de tê-la nos seus braços.
Ela:  – Agora vamos ficar juntos para …
E na palavra não dita, no abraço e beijo não dado eles se desintegram no sempre.

INFANTO-JUVENIL ou INFANTOJUVENIL?

Infantojuvenil ou infanto-juvenil

forma correta de escrita da palavra é infantojuvenil, sem hífen. A palavra infanto-juvenil está errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009. O adjetivo infantojuvenil indica que alguma coisa se refere ou está destinada à infância e à juventude.
Exemplos:
  • Ela é uma famosa escritora de literatura infantojuvenil.
  • Em alguns países, o trabalho infantojuvenil é, ainda, uma triste realidade.
  • Nesta palestra serão exploradas formas de combate à violência infantojuvenil. 
Infantojuvenil é uma palavra formada a partir de recomposição de elementos não autônomos ou falsos prefixos, unindo dois vocábulos numa só palavra: infanto- + juvenil. O elemento de formação de palavras infanto- é de origem latina e transmite uma noção de criança, de infantil.  

Linda canção!


VAMOS REFLETIR?

Não se trata de uma tarefa difícil discorrer sobre os motivos que fazem o Brasil ser um país de muitos paradoxos.
- em meio a suas riqueza naturais, muito roubo;
- diante da alegria de seu povo, muitas tristezas;
- enquanto se passa fome, a luxuria é exaltada;
- enquanto dizem que educam, a ignorância prolifera;
- e em meio a gritos eufóricos de "fora", muita hipocrisia.
Quanta enganação nesse Brasil de faz de contas! Triste de quem acredita em profundas transformações.
É nadar contra maré; é lutar para não ser visto como pessimista; é ser realista e sensato. É enxergar uma realidade que aos olhos mais cuidadosos não passa despercebida.
Nada funciona porque a maioria quer que seja assim. É bem mais fácil de se chegar ao que se deseja.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Confira 10 excelentes dicas de etiqueta profissional

Confira 10 excelentes dicas de etiqueta profissional para começar a colocar em prática desde já:
1 – Pontualidade – Seja pontual em seus compromissos e respeite os horários.
Organize-se para chegar sempre cedo no trabalho e em reuniões. Se precisar sair antes do fim de uma reunião, procure avisar com antecedência a quem está presidindo o encontro e saia discretamente.

2 – Apresentação pessoal 
– Mantenha uma boa imagem pessoalEsteja atento aos prazos de entrega de trabalhos e relatórios e cumpra-os à risca. Se não for possível atender o prazo combinado, avise as pessoas envolvidas com o máximo de antecedência, explique as razões do atraso e, se possível, combine novo horário ou data.
A primeira leitura que alguém fará de você será baseada em sua aparência: suas roupas; cabelo e higiene pessoal. Cuidar desses aspectos mostra respeito e comprometimento com a empresa.
Vista-se de forma discreta, evite modismos, decotes reveladores e excesso de acessórios. Evite “mostrar pele” demais, use blusas com mangas ao invés de regatas, cuide com o comprimento de saias e prefira calças à bermudas. Cada ambiente de trabalho exigirá um tipo de vestimenta, fique atento ao grau de formalidade de sua empresa.
Esteja sempre alinhado, com as roupas limpas e bem passadas e sapatos engraxados.
A higiene pessoal é outro fator importante. Procure sempre manter  seus cabelos limpos, penteados e bem cortados, a barba bem feita ou cortada, unhas limpas e sem esmalte descascando, dentes escovados e bom hálito.
A pele também deve ser bem cuidada. Use produtos adequados para reduzir a oleosidade, disfarce espinhas ou manchas e use maquiagem discreta.
3 – Postura – Use a linguagem corporal a seu favor
Com postura e movimentos corretos você pode influenciar positivamente as pessoas ao seu redor.
Mantenha a postura ereta ao ficar de pé: ombros para trás e cabeça erguida demonstram confiança.
Ao conversar com as pessoas, mantenha sempre contato visual. Evite cruzar os braços ou apoiá-los na cintura, pois isso pode transmitir passividade e desinteresse na conversa.
Gesticular um pouco ao falar pode dar mais confiabilidade ao que está sendo dito, além de ajudar a formar pensamentos mais claros.
Quando estiver sentado, procure manter a coluna ereta.
4 – Tom de voz –Controle o tom e o volume de sua voz
Procure manter um tom de voz neutro, controlando suas emoções para não demonstrar sentimentos negativos como agressividade, deboche e irritabilidade, entre outros.
Se estiver descontente com algo, evite falar naquele momento. Respire fundo, tente se acalmar e colocar os pensamentos em ordem. É mais difícil controlar o tom de voz quando dizemos a primeira coisa que nos vem a cabeça, portanto reflita sempre antes de falar.
O volume de sua voz também é importante, evite falar alto demais. Em certos ambientes é necessário falar um pouco baixo, mas certifique-se de que a outra pessoa possa ouvi-lo. Cuidado com as risadas também, gargalhadas altas são inadequadas.
5 – Bom humor sem exageros – Evite Piadas e Brincadeiras
Todos desejam trabalhar em um ambiente com atmosfera agradável, alegre e descontraído, mas há limite para o humor.
Expresse seu bom humor sendo simpático, sorrindo e fazendo comentários leves e agradáveis.
Lembre-se da diversidade existente em um ambiente de trabalho, com pessoas de diferentes culturas e crenças convivendo juntas. Portanto, evite as brincadeiras e piadas, pois elas podem facilmente deixar alguém desconfortável, ou até mesmo ofender.
Cuide também de como trata as pessoas. Não é recomendável criar apelidos, ou chamar os outros por uma versão mais curta de seu nome, sobretudo em ambientes mais formais. Para evitar deslizes, procure chamar as pessoas pelo nome com que elas se apresentam.
6 – Ao entrar – Peça licença ao entrar e cumprimente a todos
Sempre peça licença ao entrar em um ambiente, mesmo que a porta esteja aberta. Cumprimente todas as pessoas que estão ali. Bastam um sorriso e um “bom dia” ou “boa tarde”, não é preciso chegar dando beijinhos nos integrantes da reunião.
Ao entrar na sala ou escritório de alguém, espere receber um convite para depois sentar.
7 – Caixa postal em dia – Não deixe nenhum e-mail sem resposta.
Procure acessar com frequência o e-mail corporativo e enviar respostas rápidas de forma clara e objetiva. Quem envia um e-mail espera por uma resposta. Caso você não consiga responder a uma solicitação no mesmo dia, mande uma mensagem curta dizendo que recebeu o e-mail e irá tratar da resposta o mais rápido possível.
Não utilize o e-mail da empresa para assuntos pessoais ou para enviar mensagens com assuntos não profissionais. Para isso, use sua conta de e-mail pessoal e preferivelmente fora do horário de expediente.
8 – Respeite o horário de intervalo – Não coma em sua mesa de trabalho ou fique conversando com colegas que estão trabalhando
O intervalo  de trabalho é o momento em que você pode resolver questões pessoais, dar telefonemas e conversar sobre amenidades com seus colegas.
Evite falar sobre questões de trabalho, ou tentar resolver pendências durante um almoço informal com os colegas. Se almoçou rapidamente e voltou à sua mesa antes da hora, evite interromper os que estão em horário de expediente.
Não coma lanches em sua mesa de trabalho. Além de ser deselegante, você corre o risco de derramar alguma coisa no computador ou em algum documento importante.
9 – Conversas de corredor  – Fique longe das fofocas
Embora as pessoas geralmente passem mais tempo no trabalho do que em casa, isso não as dá o direito de serem invasivas. Evite fazer perguntas pessoais aos seus colegas, ouça mais do que fale e espere a outra pessoa ter a iniciativa de contar algo pessoal.
Evite expor sua vida privada e não participe de fofocas. Existe uma linha tênue entre comentários e fofocas. Na dúvida, evite expor sua opinião sobre alguém. O ideal é que esta pessoa esteja presente ao se falar dela ou de seu trabalho. É aquela velha e sempre importante regrinha de ouro: elogie em público, critique em privado.
10 – Imagem Profissional – Não fale mal da empresa em que trabalha
Além de antiético, falar mal da empresa onde se trabalha pode denegrir sua imagem profissional.
Preste atenção ao tipo de comentário que você fará sobre a empresa, outros colegas e chefe para as pessoas de fora do trabalho e, principalmente para seus clientes e colegas.
Isto também vale para a empresa em que você não trabalha mais.

ELEMENTOS DE COESÃO: QUANDO E COMO UTILIZAR?

Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola.
Em vez de:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram acompanhados pelos professores da escola.
⇒ Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através da anáfora. Observe o exemplo:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer,eles serão suspensos.
Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer, os alunos serão suspensos.
⇒ Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da oração:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
⇒ Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de conjunções:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

UMA OBRA-PRIMA DE OLAVO BILAC

HINO À BANDEIRA
Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

REFLEXÃO DO DIA


DICA DE PORTUGUÊS: FUNÇÕES DO QUE

O termo “que” pode pertencer a categorias gramaticais diferentes e exerce funções sintáticas diferentes.

Vejamos, separadamente, cada uma das funções do que:



a) pronome interrogativo: faz referência a pessoas (substantivo) ou a coisas (adjetivo).


Exemplos: O que ocorreu nesta sala? (substantivo)
Que tema você escolheu? (adjetivo – acompanha o substantivo)

b) pronome relativo: refere-se a um termo anterior.

Exemplo: As crianças que gostam de fabricar seu próprio brinquedo se mostram mais criativas no futuro.

c) pronome adjetivo indefinido: tem sentido de “quanto”, “quantas”.

Exemplo: Que horas são agora?

d) conjunção coordenativa aditiva: liga orações e tem valor próximo da conjunção “e”.

Exemplo: Diz que diz, mas não faz nada!

e) conjunção coordenativa explicativa: valor próximo de “pois”.

Exemplo: Devemos nos amar, que o ódio consome e destrói a alma.

f) conjunção subordinativa integrante: introduz oração subordinada substantiva.

Exemplo: Ficou claro que você não vai mais discutir o mesmo assunto. /

g) conjunção subordinativa causal: valor próximo de “porque”.

Exemplo: Corram, que o tornado está próximo da nossa cidade!

h) conjunção subordinativa temporal: valor próximo de “desde que”.

Exemplo: Cinco anos passaram que dali fomos embora.

i) conjunção subordinativa concessiva: valor próximo de “embora”, “ainda que”

Exemplo: Que não gostem de nosso companheirismo, continuaremos unidos!

j) conjunção subordinativa consecutiva: exprime conseqüência.

Exemplo: Tanto pediu que foi atendido.

k) Substantivo: quando se refere à própria partícula “que”. Vem acentuado por ser monossílabo tônico, acompanhado ou de artigo ou de palavra com valor de adjetivo.

Exemplo: Este livro tem um quê de instigação e mistério.

l) Interjeição: exprime surpresa, espanto e vem acentuado:

Exemplo: Quê! Você foi ao casamento?

m) partícula de realce: não prejudica a estrutura sintática se retirado.

Exemplo: Que vontade que tenho de conversar com você às vezes.

n) preposição: substitui a preposição “de” quando acompanhada dos verbos ter e haver.

Exemplo: Tenho que vestir algo apropriado.
Há que se perceber o equívoco.

SOMOS VÍTIMAS DO NOSSO OTIMISMO

Autor: Carlos Delano Rebouças

Estranho, não é, levantar uma indagação sobre a possibilidade de sermos vítimas de algo que buscamos sempre na vida? Mas parece que em alguns momentos o otimismo pode parecer um vilão, ao invés de mocinho, para muitas pessoas.
Que devemos acreditar sempre que vai dar certo tudo que pensamos em fazer; que nada vai dar errado, e que o sucesso é o único resultado esperado; e que somos e estamos preparados para o sucesso, e jamais iremos enfrentar dificuldades são exemplos fortes, clássicos, de frases otimistas, de forte apelo otimista, mas que pode nem sempre significar uma verdade, aliás, significar uma grande frustração.
Geralmente procuramos construir a nossa estrada da vida, pessoal e, em especial, profissional, com o fortalecimento de bases fortes e seguras, de cujos tijolos do conhecimento e sabedoria, têm-se necessidade inquestionável. Servem de alicerce para conquistas futuras e estimáveis, estas, planejadas tanto pelas necessidades, quanto pelas vontades, e o otimismo se encarrega de segurar as rédeas desse puro-sangue que pode se tornar um pangaré.
O otimismo é plantado ou se busca plantar na mente de cada um de nós. Quando nos encontramos cabisbaixo, sem ver muitas razões para sorrir ou vislumbrar algo positivo, logo tudo pode mudar nas nossas vidas. Que bom que acreditamos nisso e convivemos com pessoas que compartilham do mesmo pensamento.
Mas para muitos, esse otimismo pode ser perigoso, ante a sua capacidade de estimular tomadas de atitudes impensadas, movidas pelo desejo urgente e incontrolável do sucesso, que sem fazer as necessárias reflexões, pode levar a fracassos, de consequências sérias para a vida dos envolvidos.
Para ser otimista, defendem que antes, de mais nada devemos ser prudentes. A prudência é uma característica primordial no homem de sucesso. Ela deve aparecer no topo da lista de características importantes de um vencedor, e, abaixo, vem outras mais, inclusive, o otimismo, responsável ao ponto de não resultar em cegueiras, tamanha a vontade de crescer.
Pena que nem sempre pensamos assim, ou seja, colocando a prudência em primeiro lugar, ou pelo menos, em uma escala acima do otimismo. Este parece existir sozinho, sem que não houvesse necessidade de outros atributos. Faz com que sejam tomadas atitudes impensadas, como se não tivesse espaço para o insucesso, numa absoluta blindagem de seu protagonista.
Para sermos otimistas, acima de tudo devemos ser cautelosos e sensatos para com a nossa autoavaliação. Não podemos nos permitir achar que somos os melhores, muito menos, que nos enxergam assim, sem ao menos, que prevaleça o bom senso, a lucidez. Pensar positivamente não é enganar-se, pois, assim sendo, pode redundar em graves consequências, dentre elas, a queda de um “muro” que permitia uma condição que não condizia com uma verdade.