sábado, 23 de setembro de 2017

LINDA CANÇÃO!


ENTENDA O VERBO

Verbo é a palavra que indica ação, praticada ou sofrida pelo sujeito, estado ou qualidade do sujeito e também fenômeno da natureza. Entenda como é o emprego dos tempos e modos verbais.
O tempo verbal indica se o verbo expressa algo que já aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São três os tempos verbais: presente, passado, (pretérito) e futuro mas possui variações. 

Os tempos verbais e suas variações:

Presente (canto) – Acontecimento no momento que se fala.
  • Exemplo: Eu canto bem!
Pretérito perfeito (cantei) – Acontecimento pontual, ocorrido em um momento anterior ao que se fala.
  • Exemplo: Um dia cantei muito bem!
Pretérito imperfeito (cantava) – Acontecimento contínuo, ocorrido em um intervalo de tempo anterior ao que se fala.
  • Exemplo: Eu cantava muito bem!
Pretérito mais-que-perfeito (cantara) – Contrasta um acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento que se fala.
  • Exemplo: Quando ela chegou cantando bem percebi que eu cantara mal!
Futuro do presente  (cantarei) – Algo que possivelmente acontecerá em um momento posterior ao que se fala.
  • Exemplo: Com bastante treino e esforço um dia cantarei bem!
Futuro do pretérito (cantaria) – Acontecimento que era esperado, porém não aconteceu.
  • Exemplo: Pensei que cantaria bem, mas não consegui.

São três os modos verbais:

Chama-se de modo verbal às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. São três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Indicativo - Expressa uma realidade, algo dado como certo.
  • Exemplo: Eu ando pela calçada.
Subjuntivo - Expressa algo duvidoso, hipotético.
  • Exemplo: Talvez eu ande pela calçada.
Imperativo - Expressa uma ordem, pedido ou conselho.
  • Exemplo: Anda pela calçada, rapaz!
Fonte: http://www.gabarite.com.br

O PRÍNCIPE DOS POETAS


PRESTE ATENÇÃO E NÃO ERRE MAIS


A HUMANIDADE SE REDUZINDO A NADA


por Carlos Delano Rebouças

Judeus e palestinos numa eterna batalha por um território que se define como “santo”. Imaginem se não fosse. Franceses com o mesmo medo que alemães e ingleses jamais sentiram nos últimos tempos. O terror aterroriza com toda a redundância possível de ser usada por quem discorda de seus ideais.

Falando em discordar, os Estados Unidos escolheu pela minoria dos votos um presidente que não hesita em dizer que a América são eles e deles. Fanfarrão? Não! Fascista? Parece. Aguardemos, então, cenas de um próximo capítulo que não tem hora nem dia para acontecer. O inesperado deixou de ser ante os devaneios de um excelente apresentador de reality show.

No Brasil não é diferente. O três poderes não mais se entendem, porque não entendem quais sejam os limites de seus poderes. Senador acha que está acima de uma justiça que parece desconhecê-la. Quem faz a justiça viaja em avião da presidência do país com investigados. Investigados ocupam gabinetes e plenários que mais parecem prisões sem grades, de tantos bandidos gritando por democracia e pelo fim da corrupção. Ufa! Quantas particularidades de um país de quase 517 anos, não acham?

Certa vez assisti uma entrevista concedida pelo Fernandinho Beira-mar. Acreditem, quase acreditei que o bandido somos todos nós que estamos aqui fora, lutando dignamente pela nossa sobrevivência. Nessa mesma entrevista, disse, assertivamente, que bandido mais perigoso que ele tem poder de decisão e de voto sobre o futuro desse país. Mentiu? Não! Não é que passei a admirá-lo bem mais que muitos covardes do colarinho branco.

Um dia, com temor e preocupação, não descarto que penitenciária de segurança máxima no Brasil venha a ser a residência mais segura dos poucos honestos e sensatos deste país. Não por punição, sem descartar essa possibilidade por aceitar os predicativos apresentados, mas por parecermos, permita-me a minha inclusão, vilões nessa invertida concepção de valores. Todavia, quem sabe será uma proteção contra uma sociedade que se corrompe e perde a noção de valores que mais parece jamais ter conhecido.

Não sabemos mais quais são os limites do homem. Suas atitudes assustam, sem surpreender. Grita o nome de Deus e age como se tivesse com o diabo no corpo. Ergue templos que  define como a casa daquele que representa o maior exemplo de humildade, mas o que prevalece é a ostentação e a ganância pelo dinheiro, este mesmo cobiçado a ponto de valer o sangue derramado de seu corpo, diante da ira e da revolta de fiéis que resolveram tirar a venda e a mordaça da ignorância.

Acorde, homem! Antes que se resuma a nada, unicamente por força e vontade própria, e interesses banais. Seja inteligente o suficiente para entender que se comporta destrutivamente no mundo, como único e infalível predador de si mesmo. Não destrua seus sonhos e sua realidade. Permita perpetuar-se pelas gerações sem que as sejam piores que a sua.


domingo, 17 de setembro de 2017

PENSAMENTO DO DIA

Crianças gostam de fazer perguntas sobre tudo. Mas nem todas as respostas cabem num adulto.
Arnaldo Antunes

CONHEÇA BOGOTÁ


REFLITA!


POEMA DE VINÍCIUS DE MORAIS

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

BELA CANÇÃO


DICA DE PORTUGUÊS


Fui eu que fizfui eu quem fez ou fui eu quem fiz?

Quer saber mesmo? Pois todas estão corretas. Vejamos:

Fui eu que fiz - Justificativa - O verbo que tem como sujeito o pronome relativo que concorda em número e pessoa com o antecedente, a palavra que precede esse pronome. Exemplos: "Foi ele que te nomeou", "Sou eu que vou agora", "Fomos nós que escrevemos a carta" e "Serão os pais dele que receberão a herança". 
Fui eu quem fez - Justificativa - Se o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo, geralmente, permanece na terceira pessoa do singular. Exemplos: "Foi ele quem te nomeou", "Sou eu quem vai agora", "Fomos nós quem escreveu a carta" e "Serão os pais dele quem receberá a herança".
Fui eu quem fiz - Justificativa - Se o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo pode ser influenciado pelo sujeito da oração anterior, com o qual acaba concordando. Exemplos: "Sou eu quem vou agora", "Fomos nós quem escrevemos a carta" e "Serão os pais dele quem receberão a herança".

BELO VÍDEO


BURRICE


SINTO QUE VOU MORRER, MAS NÃO EM BREVE

Autor: Carlos Delano Rebouças

Sinto que vou morrer. Nunca senti isso antes, nem nos piores momentos de minha desregrada vida, diante do meu exagerado consumo de álcool e de uma péssima alimentação. Sinto de verdade que estou caminhando para a morte, depois dos meus 80 anos.

Assim pensa e diz Leopoldo a si mesmo, como seu único companheiro e confidente, não somente porque passou a sentir uma dorzinha aqui e outra acolá no seu avantajado corpo de 164 quilos, nem mesmo pelos resultados de tantas baterias de exames realizados ao longo dos últimos 10 anos de seus 50 anos de vida, mas sim, pela consciência de quem acredita que hoje a população mundial, pelos mais diferentes hábitos, erra demasiadamente nos cuidados com sua alimentação e no cuidado com sua saúde.

Leopoldo sempre na sua juventude cuidou muito bem de seu corpo, praticando o seu esporte favorito, que era o futebol e depois a cervejinha com um churrasquinho. Depois, abandonou o futebol e ficou somente com os hábitos pós-jogo, com os amigos. Leopoldo levou isso por longos anos, e, mesmo abandonando o futebol pelo excesso de peso, jamais abandonou os amigos e os costumes desenvolvidos. Hoje, visita os amigos somente depois das partidas de futebol, para o exercício do prazer de beber e comer, e sorrir.

Há quem diga que a vida de Leopoldo é boa. Sempre com um sorriso no rosto, cercado de amigos, tomando uma cervejinha gelada e comendo seu churrasco, religiosamente, sempre aos finais de semana. Como ele, mas sarados, sem aquela notável barriga, muitos jovens, nas mais diferentes academias do mundo cuidam do seu corpo, tornando-os magníficos aos olhos de quem os veem.

Muitos desses jovens mantêm seus corpos esculturais com o consumo de suplementos e drogas, como também, com uma dieta balanceada, com todos os nutrientes necessários, em paralelo com atividades físicas pesadas, diárias. Porém, muitos dormem mal, diante de hábitos noturnos, diversões, regadas pelo consumo de álcool, drogas e de uma desequilibrada alimentação, bem diferente de sua rotina diurna. Vão do céu ao inferno em 24 horas, e tanto o corpo, quanto a mente, reagem, buscando respostas.

E se a população mundial vive assim – nessa gangorra – por que cada vez mais tem vida longa, vivendo mais, quando não tem a vida interrompida devido a outros fatores?
Viver mais não é sinônimo de viver com qualidade. Hoje se retarda mais a morte devido à ciência e a medicina. Convivemos com a doença, com as dores por mais tempo, até que se chega a um ponto, que não dar mais. Até que chega a morte.

Qualidade de vida é um conjunto de situações harmoniosas, prazerosas, de levar a sua estada aqui na terra, que envolve corpo e mente, mas não necessariamente acontece com a busca de um corpo escultural ou mantendo bons hábitos alimentares. Parece ser um segredo, mantido a sete chaves, que só se descobre com a morte, e quando esta chega após muitos anos vividos.


Leopoldo sente que vai morrer, sente que seu dia se aproxima, só não sente quando será, pois certamente deseja que não seja em breve, pois não quer que nada venha a atrapalhar a sua cervejinha, nem menos seu churrasquinho.

FLORBELA ESPANCA


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ENTENDA AS CINCO COMPETÊNCIAS DO ENEM

1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa
Esse é o requisito fundamental para tirar uma boa nota. Para atender a essa exigência, você precisa ter consciência da diferença entre a modalidade escrita e a oral, bem como entre registro formal e informal. Não é porque na oralidade falamos “pra” que devemos escrever assim no texto. Evite contrações (pra, pro, numa…) e prefira escrever a palavra toda (para, para o, em uma…), fuja das gírias e de repetições. Além disso, na redação do seu texto, você deve procurar ser claro, objetivo e direto, empregar um vocabulário mais variado e preciso, diferente do que utiliza quando fala, e seguir as regras estabelecidas pela modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. O texto dissertativo-argumentativo escrito exige que alguns requisitos básicos sejam atendidos corretamente:
  • Concordância nominal e verbal;
  • Regência nominal e verbal;
  • Pontuação;
  • Flexão de nomes e verbos;
  • Colocação de pronomes oblíquos (átonos e tônicos);
  • Grafia das palavras (inclusive acentuação gráfica e emprego de letras maiúsculas e minúsculas); e
  • Divisão silábica na mudança de linha (translineação)
DICA: Usar o rascunho é essencial para evitar esses erros. 
2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
O Enem não quer que o texto do participante tenha caráter apenas expositivo, porque isso não é fazer uma dissertação-argumentativa. É preciso apresentar um texto que expõe um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posição, uma tese. Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema e não para limitar sua criatividade. É nessa competência que o Enem espera ver o seu conhecimento de mundo. Utilizar informações de várias fontes (livros, filmes, exposições) demonstra que você está atualizado em relação ao que acontece no mundo. Mas, atenção! Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Fuga do tema é um dos principais problemas identificados nas redações que levam nota zero.
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
O terceiro aspecto a ser avaliado no seu texto é a forma como você seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. O seu texto precisa apresentar, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática exigida pela proposta de redação. Esta competência trata da inteligibilidade do texto, ou seja, da sua coerência. Coerência tem a ver com o encadeamento das ideias. Cada parágrafo precisa apresentar informações novas, mas coerentes com o que já foi apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos. É um desafio e tanto!
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a argumentação
Nessa competência são avaliadas a estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do texto e a interdependência entre as ideias (está ligada à competência 3, também). Esse encadeamento pode ser expresso por conjunções, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da articulação dessas ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. É importante frisar: cada parágrafo deve ser composto de um ou mais períodos também articulados e cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores.
5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos
O quinto e último aspecto a ser avaliado no seu texto é a apresentação de uma proposta de intervenção para o problema abordado. Por isso, a sua redação, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma proposta de intervenção na vida social, ou seja, uma “solução” para o problema. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentação e deve se relacionar diretamente com a tese desenvolvida no texto e ter coerência com os argumentos utilizados, já que expressa a sua visão, como autor, das possíveis soluções para a questão discutida. A proposta de intervenção precisa ser detalhada para permitir que o leitor julgue a sua “exequibilidade” (a capacidade de ser posta em prática). Por isso, é bom detalhar quais meios são importantes para realizá-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coerência da argumentação será um dos aspectos decisivos no processo de avaliação. É necessário que ela respeite os direitos humanos: que não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br

CONHEÇA FINLÂNDIA


LINDA CANÇÃO!

PARÁBOLA DO DIA

O colar de turquesas azuis

 


O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Seus olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.
 
Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. Então, disse ao balconista:

– É para minha irmã, você pode fazer um pacote bem bonito?
 
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e perguntou:

– Quanto dinheiro você tem?
 
Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e disse:

– Isso dá, não dá?
 
Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

– Sabe, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é seu aniversário e tenho certeza de que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos.
 
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul.

– Tome, disse para a garotinha. Leve com cuidado.
 
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.
 
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou:

– Este colar foi comprado aqui?
 
– Sim senhora - respondeu o dono da loja.
 
– E quanto custou?
 
– Ah, o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
 
– Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. E este colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.
 
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo:

– Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha.
 
O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomavam o embrulho.

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"A verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições.”


 Autor: Desconhecido

POEMA DE OLAVO BILAC

Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

VÍDEO LEGAL!


DICA DE PORTUGUÊS

O que define a classificação de uma conjunção é o sentido com que esta é empregada. Vejamos:

Estudou muito e não foi aprovado.
(e = mas = conjunção adversativa)
Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai.
(que = e = conjunção aditiva)
Diga-lhe que não irei.
(que = ISSO = conjunção integrante)
Onde estavas, que não te vi?
(que = de modo que = conjunção consecutiva)

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O HOMEM

Carlos Delano Rebouças
É muito fácil de sermos enganados pelo homem, muito, por construirmos uma imagem de alguém ante uma percepção motivada por diversos fatores, ao ponto de perpetuá-la e defendê-la como uma absoluta verdade. É a descoberta de que não existe essa perfeição toda na humanidade e de que tudo é questão de percepção.
Por trás de gritos reiterados de amizade, elogios escancarados e tapinhas nas costas, muitas vezes se escondem os verdadeiros sentimentos, defendidos por muitos que existem por alguém. É a apresentação de predicativos por um determinado sujeito de quem duvidamos ser sincero, não que desacreditamos da pureza dos adjetivos apresentados, porém, muito mais pela carência de sinceridade em quem os aplica. Em outras palavras, podem ser tão falsos quanto uma cédula de trinta reais, e verdadeiros como o poder do Criador.
Quando nos deparamos com atitudes adversas àquelas que sempre foram tidas e defendidas por alguém, logo tomamos um susto. Este é o primeiro estágio de uma reflexão, também chamado de decepção. Até buscamos respostas, tentando entender por significar um momentâneo problema existente, daqueles que tiram a paz e o sossego, e redundam no comportamento humano. Contudo, pode voltar a se repetir.
E como pode. Repetindo-se, não mais se enquadra na esfera da decepção, ou seja, já passa a serem atitudes não que esperadas, e sim, conhecidas o suficiente para definir características das pessoas. É a apresentação da verdade de alguém, que não tem mais como esconder suas características. É a face única sepultando o ator que vive dentro de cada um de nós.
E o que fazer diante de pessoas assim? Quais atitudes que devemos tomar, quando vítimas de suas desconsiderações? Como devemos nos postar diante da amostragem clara e evidente da verdadeira face de determinadas pessoas do nosso convívio social e profissional, quando estas ainda conseguem ser vistas como os tantos predicativos existentes na sintaxe da humanidade?
Muitos respondem à altura; outros se calam e fecham os olhos, tirando as suas conclusões; outros poucos preferem ignorar, certos de que a humanidade é isso mesmo, ou seja, que entre verdades e mentiras se constrói e se perpetua pelas gerações.