por Carlos
Delano Rebouças
Judeus e palestinos numa eterna batalha por
um território que se define como “santo”. Imaginem se não fosse. Franceses com
o mesmo medo que alemães e ingleses jamais sentiram nos últimos tempos. O
terror aterroriza com toda a redundância possível de ser usada por quem
discorda de seus ideais.
Falando em discordar, os Estados Unidos
escolheu pela minoria dos votos um presidente que não hesita em dizer que a
América são eles e deles. Fanfarrão? Não! Fascista? Parece. Aguardemos, então,
cenas de um próximo capítulo que não tem hora nem dia para acontecer. O
inesperado deixou de ser ante os devaneios de um excelente apresentador de
reality show.
No Brasil não é diferente. O três poderes não
mais se entendem, porque não entendem quais sejam os limites de seus poderes.
Senador acha que está acima de uma justiça que parece desconhecê-la. Quem faz a
justiça viaja em avião da presidência do país com investigados. Investigados
ocupam gabinetes e plenários que mais parecem prisões sem grades, de tantos
bandidos gritando por democracia e pelo fim da corrupção. Ufa! Quantas particularidades
de um país de quase 517 anos, não acham?
Certa vez assisti uma entrevista concedida
pelo Fernandinho Beira-mar. Acreditem, quase acreditei que o bandido somos
todos nós que estamos aqui fora, lutando dignamente pela nossa sobrevivência.
Nessa mesma entrevista, disse, assertivamente, que bandido mais perigoso que
ele tem poder de decisão e de voto sobre o futuro desse país. Mentiu? Não! Não
é que passei a admirá-lo bem mais que muitos covardes do colarinho branco.
Um dia, com temor e preocupação, não descarto
que penitenciária de segurança máxima no Brasil venha a ser a residência mais
segura dos poucos honestos e sensatos deste país. Não por punição, sem
descartar essa possibilidade por aceitar os predicativos apresentados, mas por
parecermos, permita-me a minha inclusão, vilões nessa invertida concepção de
valores. Todavia, quem sabe será uma proteção contra uma sociedade que se corrompe
e perde a noção de valores que mais parece jamais ter conhecido.
Não sabemos mais quais são os limites do
homem. Suas atitudes assustam, sem surpreender. Grita o nome de Deus e age como
se tivesse com o diabo no corpo. Ergue templos que define como a casa daquele que representa o
maior exemplo de humildade, mas o que prevalece é a ostentação e a ganância
pelo dinheiro, este mesmo cobiçado a ponto de valer o sangue derramado de seu
corpo, diante da ira e da revolta de fiéis que resolveram tirar a venda e a
mordaça da ignorância.
Acorde, homem! Antes que se resuma a nada,
unicamente por força e vontade própria, e interesses banais. Seja inteligente o
suficiente para entender que se comporta destrutivamente no mundo, como único e
infalível predador de si mesmo. Não destrua seus sonhos e sua realidade.
Permita perpetuar-se pelas gerações sem que as sejam piores que a sua.
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