À caça de combustíveis fósseis
No entanto, a maior parte
do petróleo do planeta está aprisionada entre os 150 e os 7.500 metros, sob
terra e rochas. Todo esse petróleo começou em forma de pequenas plantas e
animais chamados plâncton,
que morreram nos mares da antiguidade, entre 10 milhões e 600 milhões de anos
atrás. Essa matéria em decomposição se acumulou no piso do oceano e, com o
tempo, ficou recoberta de areia e lama. No ambiente sem oxigênio, aconteceu um
processo semelhante a um cozimento lento. Milhões de anos de calor e de pressão
acabaram transformando a matéria orgânica em vastos depósitos de petróleo
sólido, líquido e gasoso, aprisionado em armadilhas
sob camadas espessas de rocha. O petróleo líquido é conhecido como petróleo e o gasoso
como gás natural.
O petróleo sólido surge em depósitos na forma de xisto betuminoso ou areia betuminosa.
Seria desnecessário dizer
que esses depósitos de combustível não começam a borbulhar na superfície sempre
que se acerta um tiro de espingarda no chão, como se vê no filme "A família Buscapé".
Os geólogos estudam traços de superfície e mapas via satélite,
e chegam a usar um aparelho conhecido como gravímetro, que detecta sutis variações
da gravidade capazes de indicar a presença de um fluxo subterrâneo de petróleo.
Nem todas essas opções são especialmente viáveis, porém, se o terreno que
estiver sendo prospectado se localiza milhares de metros abaixo das ferozes
ondas do mar isso pode ser possível.
Quando buscam combustíveis
fósseis no mar, os geólogos petroleiros empregam equipamento de farejamento
especial que detecta traços de gás natural na água marinha. Mas como esse
método só ajuda a localizar depósitos que vazam, as grandes empresas
petroleiras dependem de dois outros métodos para localizar as armadilhas.
Quando próximas à superfície,
certas rochas afetam o campo magnético da Terra. Usando equipamento de levantamento magnético,
um navio pode passar sobre uma área e mapear as anomalias magnéticas que venha
a encontrar. Essas leituras ajudam geólogos a localizar sinais indicadores de armadilhas
submarinas.
Os pesquisadores também
podem detectar possíveis armadilhas por meio de sensores sísmicos.
O método, conhecido como sparking,
envolve o envio de ondas de choque pela água e para o piso do oceano. O som
viaja em velocidades diferentes através de tipos diferentes de rochas. Caso a
onda de choque localize mudança nas camadas rochosas, ela retorna e é captada
por hidrofones
que o navio de pesquisa arrasta pela água em sua esteira. Com a ajuda de
computadores, os sismologistas podem analisar a informação e localizar
possíveis armadilhas.
Direitos de prospecção
Quando uma empresa petroleira identifica um possível depósito de petróleo submarino, ela precisa obter os direitos de prospecção. A maior parte da costa e dos oceanos pertence a países, por isso as empresas precisam pagar para explorar as áreas pretendidas. . |
Os navios de pesquisa
utilizam canhões de ar comprimido e explosivos para causar as ondas de choque.
Entre os dois métodos, os canhões causam menos ameaças à fauna marinha, mas até
mesmo a poluição
acústica representa ameaça para animais com senso sísmico tão
agudo quanto a baleia azul, uma espécie em risco.
O que acontece depois que
uma equipe detecta depósitos de petróleo submarinos? Bem, é hora de marcar as
coordenadas no GPS, deixar uma bóia sinalizadora e obter
licença do governo para prospecção exploratória que permita avaliação.
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