terça-feira, 14 de maio de 2013

NOVAS PERSPECTIVAS PARA O BRASIL E PARA O NORDESTE

Onze blocos de petróleo no Ceará terão a exploração leiloada hoje e amanhã, na 11ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A estimativa da ANP é de que a bacia da qual o Estado faz parte tenha potencial para 30 bilhões de barris, o que a tornaria a segunda maior área de reserva do Brasil, atrás apenas da região do Pré-Sal cujo potencial está estimado em 50 bilhões de barris de petróleo.

Os blocos cearenses terão exploração em águas profundas, dentro da chamada margem equatorial brasileira (que vai do Amazonas ao Rio Grande do Norte). A região esteve ligada à costa africana onde foi descoberta, em 2007, uma reserva de óleo leve de 800 bilhões de barris e denominada Jubilee e, em março de 2009, uma segunda grande reserva de 360 bilhões de barris denominada Tweneboa, Enyenra e Ntomme. As características geológicas similares entre os dois continentes sugerem forte potencial para reserva de petróleo e gás no Norte e Nordeste brasileiro.

“Esperamos encontrar uma outra Jubilee aqui no Nordeste”, afirma a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, destacando que, se for encontrado óleo na margem equatorial brasileira, inclusive no Ceará, ele poderá ser de qualidade similar ao encontrado no Oriente-Médio, que é o mais leve e mais caro existente. As atividades já realizadas na Bacia do Ceará indicam potencial para descoberta de óleos leves. A produção no Estado, em 2012, foi de 7.405 barris/dia de petróleo e 92 milhões de metros cúbicos de gás.

Segundo a superintendente de Promoção de Licitação da ANP, Claúdia Rabello, o leilão de hoje é, até o momento, o que registrou o maior número de blocos ofertados (289), maior número de empresas habilitadas (64), maior número de empresas internacionais participando (47 de 20 países), e a que registrou o maior número de empresas que apresentaram garantia de oferta, ou seja, carta de crédito ou seguro garantia para executar a prospecção e exploração dos blocos (68). “E eu espero que seja o leilão com maior número de blocos arrematados e com o maior bônus arrecadado”, afirma Cláudia, que torce para que ao final o leilão consiga arrecadar R$ 1 bilhão.

Cláudia ressalta que a margem equatorial é uma nova fronteira exploratória, mas existem áreas em terra – que fazem parte do leilão -que também poderão ser melhor exploradas pois, atualmente, não existe extrações significativas. “Com os leilões, as empresas irão realizar as pesquisas e explorações por sua conta e risco”.

Fonte: O POVO

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