Edição do dia 05/01/2013
05/01/2013 14h44
- Atualizado em
05/01/2013 14h44
Empresas do Nordeste oferecem vagas e cursos de capacitação
Só em Complexo do Pecém, no Ceará, são 300 vagas disponíveis.
Construção de uma siderúrgica e a expansão dos portos atrai mão de obra.
No Ceará, há 300 vagas disponíveis no Complexo do Pecém. Boa parte delas é para a construção de uma siderúrgica, que já emprega mais de três mil pessoas. “Na mão de obra da construção civil, você tem a mais básica e tem a mais qualificada, de operador de guindaste, de operador de máquinas, que necessitam de uma qualificação maior", explica Eduardo Neves, diretor de infraestrutura da Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
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O operador de empilhadeira, Alex Estefânio Pimentel, era pescador. Começou em uma empresa como auxiliar de terminal e hoje é conferente, faz o controle de estoque de tudo que entra e sai. “Aqui estou tendo oportunidades, conhecendo outros tipos de serviço, estou crescendo", relata.
Adilson Mendonça também está no mesmo caminho. Ele começou como auxiliar, fez um curso pago pela empresa e hoje ocupa uma das vagas mais procuradas, com escassez de profissional: operador de guindaste. “Ganho R$ 4 mil, plano de saúde para toda a família, vale alimentação. Para quem vivia em Alagoas trabalhando de servente e está aqui hoje como operador de guindaste, foi uma conquista para minha vida", conta.
Atualmente, a solução da maioria das empresas para conseguir ocupar as vagas é investir na formação dos próprios funcionários. A preocupação, porém, é para os próximos dois anos, quando o número de empregos gerados na região, que hoje é de 13,2 mil, deve dobrar.
Quando todas as empresas dos portos do Nordeste estiverem em operação, as exigências devem ser ainda maiores. “Algumas empresas exigem curso na área, outras pedem experiência profissional e algumas estão exigindo a fluência de línguas estrangeiras. Isso está sendo, de fato, um dos maiores dificultadores para conseguir admitir a população da região”, afirma Diego Barcelar, coordenador do Sine.
Em meio à este cenário, um convênio entre as empresas e instituições de educação profissional tem levado muitos trabalhadores para a sala de aula. Só em uma unidade do Senai de Fortaleza, são 4.5 mil alunos de cursos na área de automação, construção civil e mecânica.
Orlando Felipe de Souza, que está desempregado há dois anos, acredita que os cursos são uma chance para voltar ao mercado. "Vagas tem, mas se você não tiver qualificação, você fica fora do mercado. Com esse curso, eu tenho certeza, vai ser fácil", diz, otimista.
O estudante Heleno Vítor não quer perder tempo. De olho no futuro, largou o estágio para se dedicar ao treinamento na área de mecatrônica industrial. "Quanto mais tiver qualificação, melhores são as oportunidades e mai os salários vão aumentar", opina.
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