domingo, 18 de agosto de 2013

OITO NOVOS POÇOS E UMA NOVA PLATAFORMA NO CEARÁ - MAIS OPORTUNIDADES DE EMPREGO

CE terá 8 novos poços de petróleo e uma plataforma 

05/08/13 - Diante das sucessivas quedas na produção petrolífera do Ceará, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) aprovou um Plano de Desenvolvimento para um dos quatro campos marítimos em operação no Estado, definindo, entre outras ações, a perfuração de oito novos poços e outra plataforma. Os investimentos, a serem aplicados no chamado campo Espada, preveem que o volume de óleo produzido na área mais que triplique em até sete anos.

O Espada está localizado na Bacia do Ceará, no litoral de Paracuru e a 30 quilômetros da costa. Ele é explorado pela Petrobras, que possui a concessão para o campo até agosto de 2025. É a estatal brasileira que ficará responsável pelos investimentos a serem feitos. Procurada pelo Diário do Nordeste, a empresa não divulgou quando começa a campanha, nem quanto em recursos financeiros será aplicado.

Descoberto em março de 1978, o campo começou a produzir comercialmente quatro anos depois e chegou ao seu primeiro pico de produção de óleo em 2010, chegando a 545 metros cúbicos por dia de petróleo. Contudo, de lá pra cá, esse volume caiu pela metade. A média registrada em junho passado foi de apenas 278,67 m³/dia.

Entretanto, o plano, aprovado no último dia 18 de julho, prevê que o campo possa atingir, em 2020, vazões de produção máximas em torno de 1.000 m³/dia de óleo, três vezes e meia a produção atual. Para isso, serão feitas diversas ações, como a perfuração de novos poços.


Produção atual

Atualmente, o campo de Espada possui oito poços produtores, sendo que dois estão parados por perda de surgência (ou seja, o óleo não consegue mais ser extraído do poço pelos processos naturais). A previsão é de que um seja abandonado no próximo ano e o outro está à espera de restauração.

Dos oito novos poços a serem perfurados, cinco deles serão produtores (isto é, para a extração de petróleo), e três serão injetores (que serão usados para a injeção de água, que otimiza a recuperação de óleo).

Além disso, haverá a conversão de um dos poços já existentes para injetor. Assim, o campo ficará com 11 poços produtores e quatro poços injetores.

Com estes quatro poços injetores, o Espada começará a atividade de injeção de água como método de recuperação secundária. Conforme a ANP, o campo Espada produz há cerca de 30 anos apenas com o mecanismo de produção primário dos reservatórios, ou seja, sem nenhum método de recuperação secundária, como a injeção de água, ou de qualquer outro fluido.

"O campo de Espada possui apenas uma plataforma fixa instalada, denominada PEP-1, numa profundidade de 34 metros. A plataforma atualmente instalada não possui sistema de processamento, separação, compressão ou de tratamento de fluidos produzidos", segundo informações do sumário executivo do Plano de Desenvolvimento.


2ª plataforma

O projeto prevê a instalação de uma segunda plataforma fixa, denominada PEP-2, na mesma profundidade. Contudo, a estimativa é de que esta também não possua sistema de processamento, separação, compressão ou de tratamento de fluidos produzidos. "Toda produção do campo é escoada em regime multifásico para o campo de Curimã (que também fica localizado na Bacia do Ceará), na plataforma PCR-1". A infraestrutura de escoamento da produção também será reforçada com o plano. Hoje, o sistema de coleta do campo consta de dois dutos e um umbilical de controle interligando à plataforma PEP-1.

O escoamento consiste de um oleoduto multifásico de 5,6 quilômetros que leva da plataforma do campo à do campo de Curimã. De lá, o gás é enviado para a Lubnor (refinaria da Petrobras em Fortaleza), o óleo é enviado para um navio, onde é realizada a medição fiscal, e a água é tratada e descartada no mar. "Com a entrada do Projeto Complementar, haverá a inclusão de mais quatro novos dutos de escoamento num total de 35,8 quilômetros e dois aquedutos num total de 7,1 quilômetros", informa o documento.

03/08/13
Sérgio de Sousa

Fonte: Diário do Nordeste

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