sexta-feira, 28 de outubro de 2016

PARÁBOLA DO DIA

Julgamento prematuro

 

Eram dois vizinhos.
 
Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um filhote de pastor alemão.
 
Conversa entre os dois vizinhos:
 
 Ele vai comer o meu coelho!
 
 De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, "pegar" amizade...
 
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças felizes com os dois animais.
 
Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho.
 
No domingo à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto.
 
Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo!
 
Dizia o homem:
 
 O vizinho estava certo. E agora? Só podia dar nisso!
 
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. O que fazer?!
 
Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.
 
 Já pensaram como vão ficar as crianças?
 
Não se sabe exatamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:
 
 Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha.
 
E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho.
 
Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.
 
Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.
 
 Descobriram!
 
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
 
 O que foi? Que cara é essa?
 
 O coelho, o coelho...
 
 O que tem o coelho?
 
 Morreu!
 
 Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
 
 Morreu na sexta-feira!
 
 Na sexta?
 
 Foi. Antes de viajarmos as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!
 
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A história termina aqui.
 
O que aconteceu depois não importa. Mas o grande personagem desta história é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo.
 
E o ser humano continua julgando os outros...
 
Outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que realmente aconteceu. Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?
 
 
 Autor: Desconhecido

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