segunda-feira, 31 de outubro de 2016

PENSAMENTO DO DIA

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Antigamente 

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. 
                           Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.

Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por diante.

Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.

Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.



Oswald de Andrade

HORA DO ALMOÇO: BELCHIOR


NUNCA PERMITA


EXPRESSÃO DE CEARENSE

A cada dia uma expressão típica de cearense. A de hoje é...

SÓ O PITEL
Muito bom.Ótimo. Maravilhoso.”Rapaz, esta caninha está só o pitel!”.


O LENHADOR HONESTO


Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo de um riacho de águas rápidas, espumantes e cristalinas, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família.
Todos os dias empreendia a árdua caminhada floresta adentro, levando ao ombro o seu afiado machado. Partia sempre assobiando contente, pois sabia que enquanto tivesse saúde e o machado, conseguiria ganhar o suficiente para comprar o pão de que a família precisava.
Um dia, estava ele a cortar um enorme carvalho perto do rio. As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava pela floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia de lenhadores a trabalhar.
Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco. Encostou o machado à árvore e virou-se para se sentar, mas tropeçou numa raiz velha e retorcida e esbarrou no machado; antes que pudesse agarrá-lo, ele caiu ribanceira abaixo, indo parar ao rio!
O pobre lenhador vasculhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava a correr com a mesma tranquilidade de sempre, ocultando o tesouro perdido.
— O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? – gritou o lenhador.
Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho uma bela mulher. Era a fada do rio, que viera até à superfície ao ouvir o lamento.
–– Por que estás a sofrer tanto? – perguntou em tom amável.
O lenhador contou o que acontecera e ela mergulhou em seguida, tornando a vir à superfície segundos depois, com um machado de prata.
–– É este o machado que perdeste?
O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia comprar para os filhos com toda aquela prata! Mas o machado não era dele, e abanou a cabeça, dizendo:
–– O meu machado era de aço.
A fada das águas colocou o machado de prata na margem do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador:
–– Talvez este machado seja o teu, não?
–– Não, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu.
A fada das águas depositou o machado de ouro na margem do rio. Mergulhou mais uma vez. Tornou a vir à tona. Desta vez, trouxe o machado perdido.
–– Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida!
–– É o teu – disse a fada das águas – e agora também são teus os outros dois. São um presente do rio, por teres dito a verdade.
À noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta para casa com os três machados às costas, assobiando contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer à sua família.
William J. Benneth Texto adaptado de uma história escrita por Emilie Poulsson, que teve por inspiração um poema de Jean de La Fontaine (1621-1695) em O Livro das Virtudes para Crianças Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1997

QUAL O SENTIDO DAQUILO QUE FAZEMOS?


REFLITA


domingo, 30 de outubro de 2016

DICA DE PORTUGUÊS


UM BELO POEMA DO ROMANTISMO BRASILEIRO

Minha Desgraça

Álvares de Azevedo

Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...

Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... 

Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.

SINTONIA: MORAIS MOREIRA


NÃO ERRE MAIS

REAVEU / REOUVE
Forma incorreta: A homenagem reaveu nossa motivação.
Forma correta: A homenagem reouve nossa motivação.
Explicação:  O pretérito perfeito de reaver é reouve. Gramaticalmente, o verbo REAVER é defectivo, só se conjuga nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

NA HORA DE VOTAR

Na hora de votar, se sem capacidade de discernir a verdade da mentira, vote não movido pelas emoções ou por influências. Deixe valer a razão que escuta a voz de prudência.
Seja sensato, e, se não tiver a certeza de que são dignos de receberem seu voto, que o dedique aos outros dois candidatos: "O nulo" e o "em branco"

EXPRESSÃO DE CEARENSE


A cada dia uma expressão típica de cearense. A de hoje é...

PEBA:
De má qualidade, feio, de mau gosto. “o teu carro é muito peba! “. Talvez em analogia com a feiúra do animal PEBA.

SENTIDO DAS PREPOSIÇÕES


BELAS IMAGENS





SEM PECADO E SEM JUÍZO


PARÁBOLA DO DIA

A LOJA DE DEUS

Entrei em uma loja e vi um anjo no balcão.
 
 Santo anjo do Senhor, o que vendes?
 
Respondeu-me:
 
 Todos os dons de Deus.
 
 Custa muito caro?
 
 Não, tudo é de graça.
 
Contemplei a loja e vi vasos de vidro de fé, pacotes de esperança, caixinhas de felicidade e sabedoria.
 
Tomei coragem e pedi:
 
 Por favor, quero muito amor de Deus, todo o perdão Dele, vidros de fé, bastante alegria e felicidade eterna para mim e para minha família.
 
Então, o anjo do Senhor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão.
 
 É possível, tudo aqui?
 
O anjo respondeu sorrindo:
 
 Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos, apenas sementes. Plante a sua e seja feliz.
 
 
 
Autor: Desconhecido

ENQUANTO O CAFÉ SAÍA




por Carlos Delano Rebouças

Certa vez, passando pelo centro de Fortaleza, parando para tomar um cafezinho, sentando  em um banquinho, aproximou-se de mim um rapaz com um único pedido: “O senhor poderia pagar para mim um café”?

Olhando aquele rapaz sujo, de chinelas com alças amarradas com um arame, barba por fazer, muito menos de cheiro agradável, condições suficientes para qualquer pessoa afugentá-lo, achando se tratar de algum delinquente que costuma frequentar as ruas das grandes cidades, sem pestanejar disse ao moço que atendia a diversos outros clientes no local: “Sirva um café e um pão com queijo ao rapaz, que eu pago”.

Enquanto fazia minha refeição matinal, como já era habitual há 10 anos, puxei uma conversa com aquele rapaz que permanecia calado desde o fim de seu pedido. Perguntei-lhe, primeiramente, seu nome, e, em seguida, algumas outras, bem mais para deixá-lo mais à vontade, já que muitos que ali estavam quando chegou, rapidamente saíram, até comendo e bebendo seu café numa rápida caminhada. São atitudes até aceitáveis, diante de tanta violência existente no mundo, em que a aparência ainda significa um fator de avaliação na sociedade.

Raimundo foi o nome que me apresentou. Porém, segundo aquele homem de cerca de 40 anos de idade, negro, franzino, e de olhar sofrido, era muito mais conhecido como Mundico. Depois que nos apresentamos, perguntei-lhe onde morava e sem demora respondeu: “aqui”.
Sua resposta não me causou espanto, já que a rua é a morada de muita gente que por alguma razão busca nela o seu refúgio, o seu único caminho para fugir de alguém ou de alguma situação que lhe tirou a paz, que significou uma decepção. Assim, foi para Mundico.
Mundico era um homem de vida normal, trabalhador e de família constituída. Casado e pai de dois filhos, abandonou tudo para desbravar um mundo em busca de resposta para a decepção que sofrera. Nem todo mundo reage bem a uma traição. Assim aconteceu com Mundico, e ali, enquanto seu café estava sendo preparado, conhecia um pouco de sua triste história.

Ao aviso do Luzardo, dono daquele carrinho de lanche de nossos lanches matinais, que seu lanche estava pronto, Mundico rapidamente se ergueu, esticando as mãos para pegar aquele que poderia ser a sua única refeição do dia, pois não podia me esquecer de que havia me dito que sua expectativa sempre era a da chegada da noite, que trazia à praça que ficava nas proximidades de onde estávamos bondosas pessoas com suas sopas e canjas, em atos de solidariedade e humanidade que ainda fazem a diferença na humanidade. Como é bom saber que sempre existe alguém a se sensibilizar com o sofrimento alheio.

Ao receber das mãos de Luzardo seu lanche, rapidamente ia saindo, quando lhe perguntei: “Por que não faz sua refeição aqui, Mundico”? 

Na mesma velocidade, respondeu-me: “Vou dividir com minha família, posso”?

Diante de sua resposta, já refletindo sobre o seu humilde pedido, como se não permitisse que dividisse com alguém, mas confuso por dizer que desejava dividir com sua família, que até pouco tempo havia me dito ter abandoná-la, perguntei-lhe curiosamente: Família, amigo? Não tinha me dito que tinha deixado para trás?

Ele me respondeu: “Uma nova família já tenho; esta chegou pronta, pois minha nova companheira a conheci na rua, abandonada pelo marido com dois filhos pequenos. Hoje, somos felizes e tudo que consigo na rua levo para o nosso cantinho, debaixo de uma marquise de uma loja abandonada, para dividirmos. É lá que vivemos há uns dois anos”.

Fiquei feliz por ouvi aquele relato de Mundico e sua tentativa de ser feliz ao lado de uma nova pessoa. Fiquei feliz também em ver aquele homem fazendo a função de pai que não pôde com seus filhos biológicos. Mais feliz ainda fiquei por lhe ter dado a oportunidade de levar mais três lanches para casa e feito mais um amigo. 
  
Daquela data em diante, todas as vezes que passava no centro da cidade de Fortaleza e me encontrava com Mundico, conversávamos um pouquinho como bons amigos, bem como me aumentava a certeza de que o preconceito pode nos privar de muita coisa edificante na vida, inclusive, de conhecer pessoas maravilhosas como Mundico.




POLISSEMIA


sábado, 29 de outubro de 2016

A BANDA: CHICO BUARQUE


OLHA-ME!

Olavo Bilac

Olha-me! O teu olhar sereno e brando
Entra-me o peito, como um largo rio
De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando
O ermo de um bosque tenebroso e frio.

Fala-me! Em grupos doudejantes, quando
Falas, por noites cálidas de estio,
As estrelas acendem-se, radiando,
Altas, semeadas pelo céu sombrio.

Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto
Agora, agora de ternura cheia,
Abre em chispas de fogo essa pupila...

E enquanto eu ardo em sua luz, enquanto
Em seu fulgor me abraso, uma sereia
Soluce e cante nessa voz tranquila!

DICAS PARA ESTUDAR O INGLÊS

Ter fluência na língua inglesa se tornou um requisito essencial para profissionais que desejam ingressar no mercado de trabalho ou para aqueles que almejam melhores oportunidades. Esse fato ocorre principalmente devido a globalização mundial, onde as empresas adotaram a língua inglesa como idioma universal do mundo dos negócios. O inglês é o idioma mais falado do mundo, sendo a língua nativa mais falada e o segundo idioma mais falado fluentemente.
Para ter fluência na língua inglesa é necessário muita disciplina, dedicação e esforço, pois aprender um novo idioma pode ser uma tarefa árdua, exigindo uma grande dedicação do aluno. Diversos são os motivos que podem lhe incentivar a estudar inglês. Com relação à carreira, profissionais que possuem fluência na língua inglesa têm salários possivelmente maiores, com relação a colegas que estão no mesmo cargo, porém não possuem conhecimento no idioma. Além disso, ter conhecimentos no inglês é um diferencial no currículo de todos os profissionais, aumentando as chances de conseguir um emprego.
Organize seu tempo, porém, muitos alunos possuem dificuldades no aprendizado da língua inglesa. Esse fato pode ocorrer por diversos motivos, como a dificuldade de assimilar uma nova gramática ou a falta de tempo para se dedicar a esse novo aprendizado. Devido a essas e outras dificuldades, listamos 5 dicas que podem lhe auxiliar no aprendizado eficiente do inglês. São elas:

Para iniciar seus estudos na língua inglesa, é necessário organização. Faça um cronograma de seus horários disponíveis e reserve parte do mesmo para o estudo do novo idioma. É importante lembrar que quanto maior a dedicação, melhor será o aprendizado. Busque por ferramentas que podem lhe auxiliar nesse novo aprendizado, como livros em inglês ou dicionários para consulta de palavras ainda não conhecidas. Mantenha um ritmo em seus estudos. Dedique-se ao idioma sempre que possuir um tempo disponível, seja lendo pequenos textos em inglês, vendo filmes com a legenda na língua inglesa ou ouvindo músicas no idioma.

Organize seu material de estudo

Para qualquer tipo de aprendizado, são necessários materiais que irão auxiliá-lo nessa nova etapa. Com a língua inglesa não é diferente! Se você está frequentando um curso de inglês, o mesmo irá lhe fornecer um material que poderá auxiliá-lo. Mas se você está realizando um aprendizado por conta própria, busque por textos, notícias e livros em inglês. Sempre procure materiais confiáveis e que estejam no seu nível de conhecimento do idioma. Quanto maior a variedade de material disponível, melhor será o seu aprendizado na língua inglesa.

Estude gírias e expressões do idioma

língua inglesa é um dos idiomas que mais possui gírias. Por isso, é necessário que você busque por essas palavras e seus significados. Em muitos cursos de inglês, as gírias não são ensinadas aos alunos, pois não são consideradas palavras padrões do idioma. Porém, em qualquer conversa com um nativo da língua, as gírias irão surgir. Por isso, busque pelo significado dessas palavras e como se dá o uso das mesmas, sempre buscando colocá-las no seu vocabulário. Além disso, sempre estão surgindo novas expressões na língua inglesa, sendo importante estar atualizando o vocabulário do idioma com frequência.

Estude a gramática do idioma

Aprender a gramática de um novo idioma pode ser um sacrifício para muitos alunos. Por isso, muitos se focam somente na fluência da língua inglesa, sem se preocupar com a gramática. Porém, em qualquer idioma, saber a gramática é essencial para uma boa conversação. Por isso, busque sempre aprender a gramática correta do inglês. Com isso, você terá uma ótima fluência, utilizando as palavras e expressões de maneira correta.

Treine sua conversação

Além de estudar a gramática da língua inglesa, é necessário treinar sempre a sua conversação, pois será necessária uma boa fluência no idioma para uma boa comunicação. Escutar músicas no idioma, assistir a filmes em inglês, sem legenda, ou conversar com pessoas nativas no idioma são ótimas opções para aperfeiçoar a sua fluência na língua inglesa.