sábado, 27 de agosto de 2016

O FRUTO DA VERDADE



por Carlos Delano Rebouças

Uma das maiores virtudes humanas, indiscutivelmente, é a verdade adotada como característica maior. Até nos cabe assegurar que representa o escudo de defesa de sua imagem.

Vivemos em um mundo de desconfianças, cujo direito de depositar total credibilidade em tudo, que muitos defendem ser muito mais atitude ingênua, infelizmente, pode levar a aceitação de uma verdade absoluta. Significa, de fato, ser argumento em defesa de interesses que desconhecem a sensatez, importando bem mais a consolidação de metas e objetivos traçados, embora inescrupulosos e repudiados, mas que caem na esfera do aceitável e do normal, ante a incapacidade de discernir sobre valores.

Para aqueles que ainda acreditam na verdade humana, vistos como ingênuos, por acreditar na verdadeira essência humana, resta, além desse rótulo nada vantajoso no “mundo dos espertos”, aceitar essa condição não por fraqueza ou impotência, porém bem mais por sabedoria, na demonstração de uma postura compreensível da sociedade, e otimismo em acreditar que tudo pode ser revertido e transformado. Configura-se, no mundo dos minoritários, um status de “diferente” numa massa corrompida, um ser ímpar e passivo de respeito e admiração.

E quais os bons frutos que podem ser colhidos por ser verdadeiro e autêntico numa sociedade que não sabe mais, ou quem sabe, nunca soube discernir valores?

São os frutos da dignidade e do respeito, que não são encontrados em qualquer esquina. São os frutos que apresentam um gosto maravilhoso que o paladar social não sabe definir. Aqueles que, embora raros na dieta da humanidade, em especial, da sociedade brasileira, são como bananas na dos mais ponderados dos brasileiros.

Vivemos de escolhas, e na feira livre da vida, as ofertas são feitas. De um lado, a verdade e autenticidade; do outro, a falsa impressão da esperteza de um mundo de ilusões. Faça a sua, sem se preocupar com rótulos, e permita-se identificar e saborear o gosto das frutas apreciadas pela minoria.

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