domingo, 12 de junho de 2016

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE


Por Carlos Delano Rebouças

Se há uma coisa nessa vida que me desafia é compreender a postura do homem em sociedade. É entender tudo o que leva a defender ser normal, quando sequer sabe discernir sobre o que é normal e natural. Entender de fato sobre as consequências de suas atitudes.

Tudo parte daquilo em que acreditamos. Defendemos nossas teses com umas e dentes de uma boca banguela que fala com a voz da emoção. Plantamos em nossos corações uma semente cuja árvore, futura, dará seus frutos, que nem sempre são comestíveis, muito menos apreciáveis por todos que nos rodeiam. O homem maltrata corações e deixa marca na memória de muitos, com uma dor que derrama lágrimas a cada vez que uma lembrança dá o ar de sua graça.

E por que agimos assim – com tanto egoísmo – em relação à conquista de nossos objetivos, sob os argumentos, em muitas vezes, que representam o ideal de muitos, alicerçados por espécimes que não convencem aos mais ecléticos?

Jamais deixamos de assistir atrocidades cometidas contra a raça humana, seja com atentados terroristas matando em massa, num inquestionável genocídio, seja nas matanças arquitetadas pela intolerância em relação às escolhas do homem, em sociedade. Em tempo algum, e veja que se trata de fato histórico, o homem demonstrou ter dado um grande salto na sua evolução. Queria eu que o pensamento do grande pensador Heráclito fosse uma verdade suprema, quando disse que nada é permanente, exceto a mudança.  
Assim somos nós – humanidade - que agimos pensadamente, mas mergulhados no poço do egoísmo da defesa de nossas verdades.

Continuaremos, infelizmente, assim – reféns do nosso pensamento egoísta – embora, em muitos casos, possam ser vistos como o de muitos, quando na realidade, em nada representa ser de uma maioria. Seremos, por muito tempo, vítimas de nós mesmos, perpetuando uma cultura e criando novas, contudo, repudiadas diante de suas consequências. Estaremos sempre na posição de predadores da humanidade, aniquilando sonhos e realidades, ou sendo o nosso maior pesadelo. 

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