quarta-feira, 19 de novembro de 2014

DESABAFO DE UM EDUCADOR



Por Carlos Delano Rebouças

Algo me preocupa neste país: Não a formação superior e suas pós-graduações, e sim, o nível de conhecimento dos profissionais que estão no mercado, muitos despreparados, desnivelados, favorecidos pela boa relação interpessoal desenvolvida.

Apresentem um texto para fazer uma leitura e não o sabem; apresentem uma folha de papel para produzir um texto qualquer e não tem conhecimento para este fim.

Enquanto políticos prometem escolas, espero qualidade no ensino e elevação do nível de conhecimento em toda a sua amplitude.

O estudante, o profissional e o cidadão brasileiro precisam entender e se conscientizar que conhecimento é amplo, e que essa conscientização não é trabalhada na educação brasileira. Ninguém mais estimula o alunado sobre essa importância, focando exclusivamente na tarefa de fingir ensinar, por um lado, e fingir aprender, pelo outro. No final das contas, conquista o diploma, alegram-se todos, principalmente a gestão pública com os números "positivos" da educação.

Assim se faz e se perpetua uma nação de ignorantes, que riem de si mesmo, quando se discutem as barbaridades cometidas e oriundas de uma fraca educação e formação.

Escolas sem estrutura, com banheiros precários, salas semidestruídas, professores desvalorizados e desmotivados, carteiras quebradas, insegurança e descaso. Tudo isso é reflexo de uma educação que o brasileiro não tem, e que por isso, não leva a valorizá-la.

Somente nos resta, como profissionais de educação, relutar contra tudo isso, e torcer que essa batalha que parece desigual, Davi e Golias, seja mais uma vez vencida pelo que aparentemente parece mais fraco.


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