quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Processo De Refino Para A Produção De Lubrificantes



Os óleos lubrificantes são frações, compreendidas na faixa do gasóleo, obtidas em condições rigorosas de refinação e sujeitas a tratamentos específicos de modo a melhorar a qualidade do produto final. Devido à infinidade de tipos de lubrificantes acabados, adequados a cada tipo de lubrificação, e devido à impossibilidade das refinarias fabricarem cada tipo específico, a solução encontrada foi a produção de óleos lubrificantes básicos, de diferentes faixas de viscosidade. 

Esses cortes, quando combinados adequadamente entre si, e aditivados, podem cobrir uma vasta gama de aplicações para os óleos lubrificantes acabados, resolvendo dessa maneira o impasse criado. Conforme a base do petróleo que originou os óleos básicos, pode-se ter lubrificantes de características parafínicas ou naftênicas. Petróleos de características aromáticas não são indicados para a produção de lubrificantes, em face ao mau desempenho destes óleos. Os óleos de origem naftênica possuem, como principais características, baixos pontos de flui-dez, baixos índices de viscosidade e um elevado poder de solvência. Essas características permitem sua utilização na formulação de óleos de lavagem (“flushing”), óleos para compressores frigoríficos e óleos para lubrificação em condições de baixas temperaturas. Devido a ser um óleo relativamente barato,graças às qualidades nada excepcionais que apresenta, é utilizado também quando há possibilidades da perda total do lubrificante durante o processo de lubrificação (ausência de recirculação).

Os óleos de origem parafínica normalmente são de excelente qualidade.Possuem um alto índice de viscosidade, embora tenham um alto ponto de fluidez e um baixo poder de solvência, quando comparados com óleos naftênicos. São óleos indicados principal-mente para a formulação de lubrificantes para motores a combustão, óleos para sistemas hidráulicos, para engrenagem, enfim, óleos para trabalhos em condições severas (altas temperaturas e altas pressões).Devido ao grande consumo de óleos automotivos, a estrutura brasileira de refino para a produção de lubrificantes está baseada em óleos básicos parafinemos. Os óleos naftênicos, de aplicações bastante restritas, são produzidos Lubnor. Os óleos básicos, para que tenham suas propriedades compatíveis com as de um lubrificante acabado, devem ser submetidos a várias etapas de refino. Estes processos são Destilação Atmosférica e a Vácuo, Desasfaltação, Desaromatizão, Desparafinação, e Hidroacabamento.

A unidade de destilação para a produção de lubrificantes é bastante semelhante à unidade destinada à produção de combustíveis, diferindo contudo em dois aspectos principais.O primeiro deles prende-se ao fato que a carga para a produção de frações lubrificantes deve ser a mais constante possível, de modo anão alterar a qualidade do produto final. Assim, enquanto uma unidade de destilação para combustíveis opera com diversos tipos de petróleos,de diferentes qualidades, a unidade de destilação para lubrificantes geralmente opera apenas comum tipo de óleo cru. A unidade de destilação para lubrificantes da Reduc processa o petróleo Árabe Leve, enquanto o conjunto de lubrificantes da RLAM opera exclusivamente com petróleo; Baiano. O outro aspecto diferente entre as duas unidades relaciona-se com a seção de vácuo. Quando o objetivo visado abrange combustíveis, a seção de vácuo possui apenas uma torre, e Dela retiram se dois cortes: gasóleo leve e gasóleo pesado.

O produto de fundo (resíduo de vácuo) é destinado a óleo combustível ou asfalto.Para a produção de lubrificantes, existem duas torres de vácuo, trabalhando a pressões mais baixas, que fracionam o resíduo atmosférico em quatro cortes destilados (“Spindle”, Neutro Leve, Neutro Médio e Neutro Pesado) e um produto de fundo (resíduo de vácuo). Este é enviado à unidade de desasfaltação, e dele são extraídos os cortes “Bright Stock” ou “Cylinder Stock”.


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