sexta-feira, 29 de agosto de 2014

GRANDE BATISTA DE LIMA

Por: Professor Carlos Delano Rebouças

Às vezes, conversando com amigos ou durante as minhas aulas, costumamos falar de grandes nomes da literatura cearense, consagrados, desde os mais conhecidos até o menos conhecidos, porém, nem menos importantes.

Nomes como José de Alencar, Moreira Campos, Rachel de Queiroz, sempre são tratados, como suas obras, mas, nomes como Rodolfo Teófilo, Antônio Sales, Barbosa de Freitas, Silva Paulet, Adolfo Caminha, dentre outros, remetem-nos a voltar para um passado bem distante, entretanto, bastante curioso para a nossa literatura e nossa história cearense.

Batista de Lima tem a sua importância no desenvolvimento dessa paixão – de gostar e admirar a Literatura Cearense - por ter não só me ensinado muito desta literatura, quando foi meu professor na UECE, mas por ter me despertado este sentimento.

Ele por si só, já faz parte desta história. Grande professor, Escritor, e estudioso da nossa língua e literatura, Batista de Lima, autêntico cearense de Lavras da Mangabeira, sempre nos incentivou a amar a Literatura de nosso estado, valorizando nomes como Luciano Maia, Jader de Carvalho, Sânzio de Azevedo, dentre outros.

Na história da Literatura Cearense cabe seu nome. Batista de Lima é um grande nome a ser lembrado, não somente por suas obras (Miranças, 1977; Os Viventes da Serra Negra, 1981; Engenho, 1984; Os Vazios Repletos, 1993, Moreira Campos - A escritura da Ordem e da Desordem, 1993; Janeiro da Encarnação, 1995; O Pescador de Tabocal, 1997; A Literatura Cearense e a Cultura das Antologias, 1999; O Fio e A Meada: ensaios de Literatura Cearense, 2000; Janeiro É um Mês que não Sossega, 2002; O Sol de Cada Coisa, 2008, dentre outras), nem por fazer parte da Academia Cearense de Língua Portuguesa, muito menos por ser um premiado escritor.

Batista de Lima deve ser lembrado por toda a sua contribuição à Literatura e Língua portuguesa. Fica aqui o meu reconhecimento, caro Batista de Lima, e que os cearenses menos desinformados saibam que o Ceará tem muito mais que José de Alencar.

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