sábado, 23 de agosto de 2014

Atitudes Contraditórias



Autor: Carlos Delano Rebouças

Nos últimos meses, muito foi noticiado sobre a Copa do Mundo, e não poderia ser diferente, pouco sobre outros assuntos, que não perdem em nada sobre importância, e, quem sabe, até podem superar.

Enquanto o mundo torceu e o brasileiro sonhava com mais um título que não veio, muita coisa aconteceu em nosso país. O Partido dos Trabalhadores oficializou a candidatura à presidência, da Presidenta Dilma, para mais um mandato de líder máximo do executivo deste país, é um, de vários temas que estão passando despercebido pelos brasileiros.

Deixando a política de lado, dois fatos, antagônicos, mas com final feliz, foram emblemáticos, pela atitude de seus autores, protagonistas que se postaram em situações bem diferentes, mocinho e bandido, que mexeram com o sentimento de todos, certamente, que assistiram as matérias, exibidas nas mídias.

O primeiro fato foi o abandono de filhotes de cães, recém-nascidos, dentro de esgotos, com vida, embalados em jornais e sacos plásticos, que, pela percepção e sensibilidade de um humilde pintor, foram identificados pelos gemidos e choro, e resgatados. Hoje, sob os cuidados de uma veterinária, voluntariamente, estão passando bem e até com adoção encaminhada.

Um segundo fato, foi o cumprimento de uma promessa feita por um humilde agricultor, do centro-oeste do país, que doou parte de um prêmio conquistado numa loteria, para hospitais de tratamento de câncer. Não largou a sua rotina de vida, simples, e se sente muito mais feliz e realizado pela atitude tomada e promessa cumprida.

Pelo que foi visto, duas atitudes bastante distintas, pelos seus autores. O primeiro, que abandonou os animais indefesos, mostrou-se insensível, desumano, criminoso e inconsequente, que, mesmo achando que por não ter sido identificado, ficará isento da justiça dos homens, da de Deus, não escapará. Já o segundo protagonista, aquele doador de parte do seu prêmio, que preferiu ocultar a sua identificação, por segurança, sorri, feliz, diante de uma atitude tomada de coração, no auge de sua sensatez e humanidade. Louvável e única num mundo cada vez mais carente de pessoas sensíveis.

Como o brasileiro tem por hábito sempre enxergar o lado bom de tudo, mesmo nas coisas ruins, no caso, abando dos quatro filhos, que prevaleçam a atitude do pintor, a destreza dos bombeiros, a iniciativa da veterinária, o apoio da sociedade e a cobertura feita pela imprensa, mesmo estimuladas por uma atitude reprovável.

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